sábado, 29 de maio de 2010

as duas loiras

Isso nunca tinha acontecido ao Roger. Nunca havia se apaixonado, e justamente, quando caiu em tentação, apaixonou-se por duas. Não queria fazer mais nada. Abandonou o futebol das sextas, as rodas de chopp das quartas. Jogo do timão no estádio, nem pensar. Começou a freqüentar batizados, aniversários de criança e eventos afins, de cunho social.
Estávamos preocupados, não sabíamos quem eram as moças:
- Quem são elas?
- Tchê, são duas loiras. Tchê, tu não tens noção! Só penso nelas! Só nelas! - dizia enquanto corria para encontrá-las.
Acordava após o meio dia, sôfrego, trêmulo. Procurava por elas. Ali, antes do almoço. Uma depois da outra, na maior promiscuidade. Elas aceitavam, sabiam como ele era. Ademais, sempre foram concorrentes. Uma sabia da outra. Brindavam a isso.
A dependência só aumentava. Passava as noites com uma ou com outra. As vezes com as duas juntas. No restaurante, no supermercado. Na sala, na cozinha e no quarto. Até enquanto dirigia, infringindo as leis de trânsito.
- Roger, você tem que procurar tratamento.
- Não vivo sem elas. São as melhores, incomparáveis. Não me dão dor de cabeça, não me dão trabalho. São diferentes das outras. Me-lho-res! E não são caras.
- Putz! Quero uma pra mim. Qual nome delas?
- Deixa pra lá.
- Eu as conheço? - perguntei, curioso.
- Patrícia e Stella.
- Patricia! Aquela Patrícia?
- Ela mesma.
- E Stella?! Que Stella?
- Stella Artois, a belga.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

sexo animal

Roger tinha um gata. Gata bicho. Gostava de gatos porque são independentes. Não tinha tempo para cuidar de cães que precisam de cuidados e correm em círculos atrás do próprio rabo. Preferia utilizar seu tempo em torno das mulheres, e gatos não demandam tempo. Mas, gatos tem seus problemas também.
Quando morou num apartamento, enfrentou uma infestação de pulgas, portadas pela sua animal de estimação, nos poucos metros quadrados do seu apartamento. Não sei como não saíram porta fora, pelos corredores do prédio. O felino não foi capaz de manter sob os pelos os parasitas. Teve de espalhar pelo parquet. Não sei se alguém já enfrentou um caso semelhante, mas exterminar com as pulgas num apartamento com piso de parquet é algo praticamente impossível. Acabou gastando muito com remédios para com o animal, e passou misturas químicas pela casa.
Foram três meses assim. Digitou pulgas no Google e descobriu muito sobre pulgas. Inclusive que colocar fogo no apartamento não seria a melhor alternativa. Andava pela casa, e sentia as pulgas pulando nas canelas, desesperadas por um pouco de sangue. A gata, coitada, estava magra e sem forças como nunca esteve. Era a maior doadora de sangue da cidade, não restavam dúvidas. Chupada, esmilinguida, seca. Três eternos meses assim. E o Roger tinha suas namoradinhas durante esse período. Morando sozinho, no centro da cidade, num apartamento aconchegante, não poderia desperdiçar oportunidades devido as pulgas. Então, levava mulher pro apartamento assim mesmo.
Teve problemas. Numa ocasião, viu um filme na sala, devidamente acompanhado. Quase que obrigou a moça a deitar no sofá e colocar os pés sobre suas pernas. As suas, jogou sobre a mesa de centro. A gata, dormia, fraca e sem forças no alto de um armário. As pulgas, no chão, pulando freneticamente, em busca de sangue.
Noutra situação, com outra amiga, no quarto, Roger sentiu na pele a dificuldade que a gata sofria. Deitou a moça na cama, ajoelhou-se aos pés da cama, colocou uma almofada abaixo dos joelhos para seu melhor conforto, numa linda cena para a prática do sexo oral, até que começou a sentir as pulgas pulando nas suas pernas, nos seus pés, na sua bunda. Enquanto chupava a moça, era comido pelas pulgas, numa suruba nunca antes vista. Suas mãos já não tocavam a moça, apenas afastavam as pulgas. Já não fazia bem o que gostava tanto de fazer.
Lembrou de uma outra vez, quando foi em um motel, um pouco mais afastado da cidade, com uma outra amiga. A estação era o verão e o motel ficava no meio de um matagal, num local bastante úmido, quase que um paraíso para procriação de mosquitos. E não eram mosquitos comuns desses que sobrevoam as cidades. Eram mutucas, pernilongos longos mesmo. Pesados como moscas, com ferrão de abelha. O motel, coitado, tinha um mero ventilador de teto, que fazia enhec, enhec e não ventilava porra nenhuma, tampouco afastava os monstros voadores. E os mosquitos eram bissexuais, com certeza. Pegam tanto o Roger quanto a parceira. Mas, picaram tanto o casal, a ponto de empatarem a foda. Acenderam as luzes, tanto a incandescente quanto a vermelha que havia no canto. Armaram-se: ele com o travesseiro, ela com um lençol. E partiram para o ataque. Fecharam todas a janelas, principalmente a do banheiro, que era porta de entrada das mutucas. E começaram a matar. Os que estavam de cabeça pra baixo no teto foram os mais difíceis de alcançar. Mas, os que estavam nas paredes... Tinha um na cortina: Roger o esmagou com as duas mãos. O sangue fresquinho manchava tudo. As paredes, a cortina, a roupa de cama. Tapas na parede, tapas ao vento. Todos os que tinham asas estavam mortos. Depois, de volta ao sexo, mesmo sem o clima de antes. Antes de sair do quarto, ele deu uma breve olhada, para aquele quarto ensangüentado. Sexo selvagem, deve ter pensado a camareira do motel.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

empate

- Olá.
- Oh!! Como está? Tudo bom?
- Tudo bom?
- Passeando?
- Sim, dando um volta. E tu? Muito trabalho?
- Sempre. Tô precisando de férias!
- Imagino.
- Esses dias vi o Roger. Tá com ele?
- Não mais.
- Hum. Que pena.
- É, mas faz parte. Foi um bom momento, mas ele não quer nada com nada.
- Quando ele vai amadurecer?
- Talvez nunca.
- Mas, foi bom? Digo, tu sabes do que estou falando, bom mesmo?
- O quê?
- Ah, você sabe...
- Sexo?
- Sim.
- Muito bom. Ele é foda! Tem pegada, sabe? Bom de cama, sexo oral, um pau maravilhoso! Nossa, nisso não posso me queixar.
- Hum, sempre fui curiosa.
- Então era isso. Bola pra frente. Vou pra casa.
- Então tá. Nos vemos por aí.



*** duas quadras depois ***



- Psiu!
- Oi querida!
- Smac! Smac!
- Mais um pra casar...
- Smac!
- Como tu tá guria? Que linda! Deixa eu ver. Nossa! Emagreceu?
- Antes fosse. Não entro nas minhas calças.
- Imagina, estás linda.
- Fase nova!
- Como assim?
- Solteira!
- Solteira mesmo? Vamos combinar de ir numa balada.
- Claro. Quero sair.
- Ok, mas e o Roger, o que houve?
- Ah, já era!
- Hehehe.
- Um chato, um mala, galinha.
- Mas, foi bom? Digo, tu sabes do que estou falando, bom mesmo?
- Sexo?
- É.
- Nas primeiras vezes. Depois uma merda. Cara frio, egoísta. Fraco demais. Sempre cansado.
- Capaz?!
- Já tive outros bem melhores.

Moral da história: ah, conclua você mesmo

sexta-feira, 7 de maio de 2010

ménage feminino

Creio que todos já passaram por isso. Não me refiro ao ménage, mas sim a desejar muito algo. Sonhar com algo. A fantasia é de todos os homens, inclusive a minha. Mas quem realizou foi o Roger. Cara de sorte esse cara, realizar aquilo que todos nós sempre quisemos, alguns não tem oportunidade, outros não tem coragem e outros apenas não tem dinheiro. Sim, porque pagando qualquer um conseguiria.
Pois o Roger tinha um affair, uma amiga, com quem se encontrava de quando em vez. E em todas as vezes, posicionava-se no ouvido dela, fazendo o papel do diabinho:
- Imagina você, eu e outra mulher entre nós. - sussurava.
Mas, ele é um cara esperto, e sabia fazer o papel de anjinho também:
- Pensa bem. Vai ser bom. Você vai gostar, vai gozar muito.
Um sussurro em cada orelhinha. Ele sabia que ela já havia cedido a curiosidade noutra ocasião. Nesse caso, bastava a ele ter paciência. Muita paciência para convencê-la. E mais calma ainda para achar a mulher certa. Vi no filme os Normais 2, que toda mulher é bissexual. Apenas algumas não descobriram ainda. Torço para que seja verdade.
Depois de convencer a amiga que incluir uma moça na transa seria algo interessante, começaram a busca pela mulher certa. A primeira, desistiu, ao saber que o homem era um conhecido. A segunda sentiu o peso da imaturidade. A terceira tinha curiosidade, mas faltava-lhe a coragem. E essas tentativas ocorreram em espaços bastante significativos de tempo. Mais de um ano tentando em vão.
Até que um dia Roger recebe um telefonema da amiga, ao meio dia, de uma segunda feira, durante o expediente de trabalho:
- Oi!
- Oi. Encontrei. É ela!
- Hehe. - duvidou.
- Sério. Entra a noite no MSN. Ah, ela tem um piercing na língua também.
Foi o que bastou, para que ele não conseguisse trabalhar mais. Deixou o corpo fazendo as atividades, e seus pensamentos passaram a vagar pelas ruas da cidade. Na hora de ir embora, o pensamento reencontrou o corpo e foram para casa, conectar-se a internet. A noite, más notícias:
- Dae! Falou com ela?? - perguntou no MSN.
- Naun.. Ela ñ me atende...
Já vira esse filme mais de uma vez. Mulheres dando pra trás, desistindo de dar prazer aos homens. Parecia uma sina. Não queria pagar uma mulher para fazer sexo a três. Paga-se por coisas ruins, não por coisas prazerosas. No dia seguinte, uma festa tradicional na cidade. Enviou uma mensagem pelo celular, dizendo que iria. Nada mais. Estava sem carro, iria de carona.
A noite, enquanto conversava com suas amigas, ela chegou. Acompanhada de duas amigas. Qual seria? A baixinha ou a morena de vestido verde. Foram apresentados.
- E aí? O que achou dela?
- Qual é?
- A de vestido verde.
- Bah! Gata. - disse olhando as pernas de fora da moça.
- Temos que marcar.
- Amanhã?
- Amanhã não dá. Quinta?
- Quinta... Mas, to sem carro. - lamentou ele que nunca andava sem o carro.
- Sexta?
- Sexta viajo. Ela topa mesmo?
- Claro. Tá louquinha já.
- Então hoje!
- Pode ser.
Afastou-se do grupo e ligou para uma outra amiga, acordando-a as duas horas da madrugada:
- Empresta o carro?
- Ãhn?
- Preciso do teu carro.
- Tá. Pega aqui.
Distribuiu os tickets de cerveja que já havia comprado. Avisou o porteiro que iria voltar. E correu umas seis quadras, até o ponto de táxi mais próximo. Suava. Acordou o taxista, embarcou no táxi e ao desembarcar, deixou os últimos doze reais que tinha. Bem aventurado o cidadão que inventou o cartão de crédito. Voltou de carro para a festa. Cumprimentou o porteiro. Encontrou a amiga, a baixinha e a morena do vestido verde. Sorveu o último gole da cerveja que havia no copo. Estava ansioso, mas procurava disfarçar. Já estava tarde, três e meia, o tempo não dava trégua. Tinha que trabalhar na manhã seguinte.
- Vamos embora! - definiu a amiga, que tomara as rédeas da sacanagem.
Todos concordaram. Deixaram a baixinha em casa. E enfim, restaram os três dentro do carro.
- Então, vamos pra onde? - pergunta a amiga.
- Motel que aceite cartão. - disse ele.
- Vamos para qualquer lugar, mas preciso de mais cerveja. Ainda não estou pronta. - avisou a morena do vestido verde, que sentava no banco traseiro.
No posto de gasolina, ele comprou com cartão, duas latas de cerveja para as meninas, uma carteira de cigarro para a morena do vestido verde e um energético. Sortilégio alguém ter inventado o energético, ainda mais as quatro da manhã, antes de enfrentar duas gatas sedentas por sexo. O primeiro motel que embicou o carro, tinha uma mensagem que avisa em letras garrafais “NÃO ACEITAMOS CARTÕES DE CRÉDITO”. Atravessaram a cidade, não desistiriam mais. No outro, desceu o carro e pediu uma suíte, com cama redonda. Pagou com cartão, enquanto a amiga esperava no carro e a morena do vestido verde escondia-se no banco de trás, deitada.
O quarto tinha uma cama redonda, com uma cabeceira enorme. Uma mesa com duas cadeiras, e uma poltrona completavam o ambiente. O Roger não lembra se tinha televisão, então omito esse detalhe. Ao lado, um banheiro simples, sem banheira.
Do frigobar elas pegaram uma garrafa de cerveja. Na falta de copos, bebiam no bico. Elas estavam sentadas na cabeceira da cama, ele na poltrona. Olhava para as duas mulheres e não acreditava. Finalmente realizaria sua fantasia sexual. Conversaram banalidades, sobre o que já tinham feito na cama, até onde tinham ido. Percebera ser o mais inocente dos três...
- Vamos fazer o seguinte. - disse a amiga que tornou-se a capitã daquele time - Vou tomar um banho. Quando eu voltar, quero ver vocês mais íntimos.
Foi para o banho. Roger não perdeu tempo. Tirou o calçado, subiu na cama e beijou a morena do vestido verde, que estava sentada na cabeceira. Um beijo gostoso, onde pode sentir o piercing da moça do vestido. Deitou-a na cama. Baixou as alças do vestido, e levantou a parte de baixo do vestido. Arriou a calcinha e pôs a chupá-la.
- Tu não queria chupar uma buceta? Chupa então! - disse a morena.
E ele chupou com vontade. De olhos abertos. Minutos depois, percebe o vulto da outra amiga, que sentou na cama, assistindo a cena, vestindo somente uma toalha.
- Acho que vou tomar um banho também. - disse a morena, livrando-se da língua do Roger e bebericando mais um gole da cerveja.
Roger beijou a amiga, que também tinha um piercing na língua, e vestia somente uma toalha, para que ela sentisse o gosto da moça do vestido.
- Gostosa ela, né?
- Parece que sim, mas quero provar depois.
O sexo oral continuou por mais alguns minutos, embora tenha mudado a parceira. Quando a deixou pronta, e não agüentava mais as dores na língua, começou uma penetração. Queria que a mulher do vestido voltasse do banheiro diante desta cena. Em instantes, sentia o cheiro das duas mulheres no quarto. Aquele cheiro de banho, de pele úmida. Mas, um tanto quanto contrariado, disse:
- Acho que agora é a minha vez de ir pro banho. - disse antes de beijá-las e procurar uma toalha de rosto, já que as outras duas já haviam sido usadas.
Entrou no banheiro, ligou o chuveiro. Queria voltar. Não queria ter saído do quarto, afinal havia esperado anos por isso. E agora estava ali, num banheiro, sem ver aquelas duas mulheres gatas, nuas, na cama ao lado. Ficou em baixo do chuveiro por menos de um minuto. Desligou o chuveiro, e ouviu um grito:
- Nãnãnã!! Pode ficar mais tempo aí no banho. Bem quietinho.
Imaginou que a voz era a da líder, comandante da sacanagem. Teve de esperar. Lavou o pau e os pés e o rosto, já que havia pouca toalha. Secou-se. Contou até trinta. E foi ser feliz.
No quarto, na penumbra, pode ver a sua amiga, chupando a morena. Quase escorreu uma lágrima de emoção. Aproximou-se. Queria ver de perto. Manteve a ereção durante a espera. Ajoelhou-se próximo da morena e pode sentir, pela primeira vez, aquela boca gostosa.
- Vem! Coloca nela aqui. Já deixei ela pronta pra ti. - disse a amiga, apontando para a moça sem o vestido verde, complemente empapada.
Preciso comentar os detalhes, para lavá-los para dentro do quarto do motel. O diálogo também é fundamental nesse contexto:
- Obrigado. Sabia que você não iria me decepcionar. - agradeceu ele a amiga, entre uma estocada e outra.
- Não te falei? Quando eu digo eu faço!
- Vocês dois estão me usando, né? Safados!
Pobre morena. Percebera que estava sendo usada. Esperaram um ano para aquele momento. Estavam aproveitando, tal qual haviam imaginado.
- Fica de quatro, aqui do meu lado, que nem eu! - disse a amiga da tantas jornadas.
- Parece filme isso. - diz a morena para risos de todos.
- Escolhe!
- Posso me dividir? Um pouco para cada? - pergunta ele plenamente realizado.
- Deve! - dizem ambas.
E assim fez. Em pé, sem ajoelhar, penetrou um pouco em cada. Elas, de quatro, se beijavam. Deitou por cima de uma, para participar do beijo triplo. Três bocas, três línguas se beijando, e dois piercings.
Trocaram de posição. Colocou a amiga de frente. A morena que usou vestido verde foi abrir a segunda cerveja. Talvez precisasse de mais álcool. Sentou ao lado, bebericando e assistindo ao sexo de perto. Mais alguns goles e ela pede:
- Deixa eu chupar ela?
- Claro.
Ela se pôs a chupar, para delírio do Roger, que agora tomava a cerveja e via aquelas gatas transando ao seu lado, na mesma cama. Sentou, escorado na cabeceira. Mas, antes que o pau amolecesse, voltou a ser o centro das atenções. As duas voltaram para o seu pau. E o chuparam. Duas línguas, duas bocas. Uma de cada lado do mastro. Elas brincavam com os piercings, para seu delírio. Lambiam pau e bolas.
Ainda sentaram. Uma se posicionava e a outra encaixava. Depois inverteram. Duas horas de sexo. Bom sexo. Teriam de ir embora.
- Goza! - disse a amiga e líder da putaria.
- Posso acender a luz? - perguntou ele. Acreditava que com a luz acesa, não esqueceria da cena. Mas, eu garanto, não esqueceria nem com a luz apagada.
- Goza no nosso rosto!
- Tá.
E assim fez. Gozou no rosto das duas, dividindo o esperma, enquanto segurava o cabelo das duas, pela nuca. Elas beijaram-se. Ele procurou sua toalha de rosto para se limpar. Sentou na poltrona novamente. Fechou os olhos. Estava realizado. Poderia casar e ser fiel a partir daquele dia. Tinha realizado sua fantasia.
- Vem, vamos embora! - disse a amiga e chefe, a quem passou a lhe dever favores eternos.

terça-feira, 4 de maio de 2010

mulher Roger

Existem dois tipos de mulheres que é impossível ter um relacionamento. Com as mulheres chatas e com as mulheres burras. Não tem como. Mulher chata, que passa dos limites, mulher autoritária, dona da verdade. Mulher que pega no pé, que incomoda, que é ciumenta em excesso. Estou percebendo que mulher chata abrange um monte de chatisses. Enfim, quanto menos aporrinhar é melhor. E mulher burra, nem se fala. É mais fácil de explicar, mais simples de entender. A mulher tem que ter conteúdo, fundamento. Bom papo é cada vez mais importante numa relação. Diria que o bom papo, a boa conversa, é inversamente proporcional a vida sexual do casal. Apenas, imagino que seja assim. Não vejo dois velhinhos de 80 anos trepando sem parar, em todos os cômodos da casa. A imagem que me vem a cabeça é de um casal, com os cabelos brancos, balançando numa cadeira bem confortável. Isso é foda! Os dois conviveram por 60 anos, ou até mesmo 50 anos, e ainda conseguem trocar frases, dialogar. Isso é muito mais difícil do que fazer sexo por 60 ou 50 anos. Assim, diante de meus próprios argumentos, acredito que uma boa companhia, um bom papo é algo importantíssimo.
Existe um tipo de mulher que nenhum homem consegue comer duas vezes seguidas. A mulher fresca. Mulher que tem nojo de sexo, do cheiro do sexo. Mulher que tira a calcinha, dobra e coloca sobre um móvel, para não deixá-la no chão, que contém impurezas. Pro inferno com essas frescuras! Frases típicas de mulheres frecas: “Hoje não quero”; “Hoje não posso”; “Assim não”. Quase todas no negativo, percebe? Isso vai afastando os homens. Ou então aquelas que tem dia e hora para tudo. Para o sexo, para cabeleireiro. Tem mulher fresca que se preocupa com o cabelo na hora do sexo: “Não segura assim. Vai estragar meu cabelo”. Frescura é, sem dúvida um tipo de chatisse. Mas, uma chatisse mais fresca, mais enfeitada, cheias de guéri-guéri.
Existem dois tipos de homens, fiquei sabendo esses dias. Uma mulher Roger me contou e tenho divagado sobre o assunto. Existe o homem cachorro e o homem sem vergonha. O homem cachorro é aquele sem vergonha verdadeiro, um canalha, canastrão, daqueles que as mulheres correm atrás, daqueles que não mentem, que deixam claro seus objetivos, que são independentes, viris, machos de verdade, com vergonha na cara, e por isso sempre tem um monte de mulheres correndo atrás. Os sem vergonhas são os outros. Convidam pra jantar, pra sair, mandam flores e presenteiam com jóias caras. Mas, mentem. Mentem, enganam, traem. Decepcionam as mulheres. Com o passar do tempo, cada vez mais, tem menos mulheres correndo atrás. A fama da má índole vai correndo a boca pequena, e mancha o currículo do cidadão. Esses acabam casando por conveniência, com uma coitada que desconhece a verdade, e a ela, presenteia com um par de chifres deveras humilhante.
De um lado, as mulheres com grande potencial para serem traídas. De outro, homens que traem, ou homens que não se apegam. Devo confessar, que essa mulher Roger embaralhou meus pensamentos. Mas, continuo minha busca as exceções.