Um plebeu resolveu que iria se casar com a princesa. Porém, o todo poderoso rei do povoado já havia definido que sua princesa só iria se casar com um homem sem pênis. Isso mesmo, um homem seu pau. E os anos se passavam sem que algum homem com tais predicados pedisse a mão da donzela em casamento, para desespero da princesa carente e alegria contida do rei zeloso.
Pois de tanto desejar a bela princesa, o plebeu fabricou um pano da cor da pele, que prendia do umbigo pra baixo e que escondia o bilau. Testou na frente do espelho, de vários ângulos e diversas luzes, até que ficou impressionado com a sensação, incômoda é bem verdade, de vazio que tinha ao se olhar no espelho sem um órgão sexual. A medicina, já comentei certa vez, tem nome pra tudo e o cunho educativo deste blog esclarece que a falta de órgão sexual é chamada pelos amigos do Doctor House de hipogonadismo. Que estejamos livre desse nadismo!
Foi então que o plebeu preparou um currículo e marcou entrevista junto ao rei. O plebeu era um trabalhador, mas que perto da grandiosidade da coroa era um bosta qualquer. Mesmo assim, o rei o recebeu com toda dignidade no castelo. O plebeu sem cerimônia já foi logo tascando ajoelhado:
- Rei, venho pedir a mão da sua filha, a princesa desse povoado.
O rei a princípio desdenhou do servo, mas disse que já havia apalavrado que sua filha iria se casar com qualquer homem descente do povoado, mas que fosse desprovido de pica. Para sua surpresa, o plebeu disse conhecer a história e disse ter essa anomalia maldita, prontamente oferecendo para amostragem do seu nadismo. O rei consentiu e o plebeu tirou as vestes. O rei fez “oh”, e chamou o assessor de imprensa do reinado, anunciando que a princesa iria se casar.
A princesa estava alegre pois teria companhia, mas triste, pois não teria um pau que tanto queria. Casaram-se numa cerimônia linda e histórica. Na lua de mel, durante a esfregação, a princesa disse que estava muito bom e que estava muito feliz, mas que para felicidade ser completa, lhe faltava algo grande e grosso.
Então o plebeu disse que existia uma poção mágica na drogaria do povoado que poderia fazer crescer um pênis. Empolgada e batendo palminhas em cima e em baixo, a princesa mandou que ele fosse buscar tal poção milagrosa com urgência, pois seu o rei jamais ficaria sabendo sobre a poção. O antigo plebeu saiu correndo, desfez-se da segunda pele que lhe sufocava o pênis e retornou ao castelo. Só então, a princesa carente pode ser desvirginada.
Depois, enquanto repousava no peito do ex plebeu, agora príncipe, ela perguntou quanto havia custado o pote com a poção mágica:
- Uns cinco réis apenas. – disse ele.
E a princesa fazendo beicinho exclamou:
- Só isso!? Então porque não comprou um pote de dez?
* O texto é escancaradamente baseado numa piada do maior artista brasileiro, Chico Anysio.
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