quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

o pescocinho

As vezes temos a impressão que já vimos de tudo. Daí a vida nos surpreende e surge algo novo, que você não tinha imaginado. Então você pensa: - Cara! Que mundo louco esse!
Aprendi que no sexo não existe certo ou errado. Basta que os dois, ou os três, ou os quatro... enfim, basta que todos queiram, e está tudo certo.
O Roger diz que há muitos anos atrás, ouvia atentamente seus amigos contarem suas aventuras sexuais. Lembra da história de um deles, que saiu com uma menina que gostava um pouco de sadomasoquismo, digamos assim. Ele contou que ela pediu para levar uns tapas. Para o menino Roger, tapas na bunda, de leve, já seriam uma grande surpresa. Imaginem a surpresa do guri ao saber que os tapas eram no rosto. Na cara mesmo! Ele nem sabia que as mulheres gostavam de uns tapinhas, e descobre que algumas gostavam de apanhar de verdade. O vizinho dizia que batia no rosto dela, de mão aberta, e ela pedia mais. Ele batia e ela pedia mais. E para risadas de todos, disse ter de se conter para não enchê-la de socos.
Após muitos anos, Roger tem a sua oportunidade de tapear um rosto meigo de uma fêmea. Contra a violência, a favor do desarmamento até, teve de realizar os desejos da dama. Já havia percebido que ela gostava de dor. Quanto mais forte, e mais fundo, e mais dor, ela sentia mais prazer. Até que, com ele por cima dela, num romântico papai-mamãe, ela, carinhosamente, com sua mão direita pega a mão esquerda dele, e com sua mão esquerda segura a mão direita do rapaz e leva em direção ao seu rosto delicado...

Pausa esclarecedora:
Era uma boa moça, de família. Trabalhadora, funcionária pública, como tantas as outras que trabalham por aí. Bonita também. Sexy como poucas. Digo isso porque algumas pessoas devem pensar tratar-se de uma qualquer, sem escrúpulos, sem nada a perder ou qualquer outro adjetivo que venha a denegrir a imagem da moça. Ledo engano, caros leitores. (Leitores?!?! Alguém lê essa merda?)
Continuando...

... as mãos unidas em direção a face da amada, quando, de repente, uma pausa no trajeto faz com ambas mãos de ambos parassem no pescoço da donzela:
- Aperta? - pergunta docemente ela.
- Forte? - questiona um pouco surpreso.
- Forte! - faz questão. - Bem forte!
Ele disse que a sensação de enforcar uma mulher não lhe trouxe nenhum prazer, embora percebera que ela ficava cada vez mais excitada com o sufoca mento e um pouco avermelhada, eu imagino. Na verdade, trouxe-lhe lembranças. A do amigo contador de histórias na adolescência e a da morte do ator David Carradine (o Bill, do filme Kill Bill 1 e 2), que morrera dias antes, enforcado enquanto se masturbava num quarto de hotel. Ainda assim, pensando nessas coisas, conseguiu manter a ereção durante o estrangulamento da menina.
Óbvio que rolou tapa na cara. Ele batia com a palma da mão direita na face esquerda dela. Fazia barulho. A interjeição mais parecida era paft! Mas, não gosto de interjeições, pois pouco sei usá-las. Depois batia com as costas da mão, na outra face. A assim o fez sempre que ela pedia mais.
- Bate mais forte! Bate como um homem de verdade!
Daí lembrou do amigo novamente, e da vontade indescritível de socá-la com toda sua força. Como se fosse um lutador de luta livre. Só ficou com dúvida que socava o nariz redondinho ou os dentes bem delineados. Mas, deu mais uns tapas e a calou com um beijo na boca. Isso porque sempre agiu assim pra ser um homem de verdade.

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