sábado, 24 de julho de 2010

dica de leitura

http://caroleseusbotoes.blogspot.com/2010/07/namore-um-barrigudinho.html


aí alemão felipe!! qdo chegar aos 30, junte-se a nós!!

ehehehehehe

sábado, 17 de julho de 2010

mulheres em extinção

As mulheres que ainda acreditam no amor levantem a mão! Viu? Você aí da frente do monitor não levantou a mão, logo você não acredita no amor. Aliás, quase nenhuma mulher acredita no amor, hoje em dia. É a mais pura verdade, mulheres não acreditam mais no amor, salvo raríssimas exceções. Você que levantou o dedo, mesmo que discretamente, parabéns, és uma exceção. Precisamos espalhar suas teorias e seus genes por aí. E se for solteira me procure.
Culpo um pouco os homens. Homens como o Roger decepcionam as mulheres. Cansadas de sofrer, desiludidas, desesperançosas, traídas e abandonadas, as mulheres se tornaram menos dependentes do homens, e por conseqüência do amor. Mães, há tempos, criam seus filhos sozinhas, sem precisar dos pais. As mulheres de outras gerações, que acreditaram no amor, estão se divorciando. As mulheres não precisam mais dos homens. Bem, ainda precisam para algumas coisas. E não me refiro a trocar pneu do carro, por que se isso elas não sabem fazer, o seguro manda alguém fazer.
Algumas focaram o lesbianismo em busca do amor, mas ainda encontram barreiras na sociedade puritana e amam escondidas. Outras decidiram priorizar a carreira profissional. Metas num determinado objetivo e foda-se! o resto. O resto nesse caso é o amor. Uma carreira profissional tem mais chances de dar certo, concordo. É mais estável, gratificante e recompensador. O reconhecimento de uma boa profissional geralmente é maior do que uma grande esposa.
A realidade é dura e fria. O amor está com os dias contados. São poucas que ainda colocam o amor acima de tudo. Antes não era assim. O amor cede espaço ao sexo casual, homens agora são objetos, pais solteiros e seres completamente perdidos na sociedade que um dia já dominaram. Na realidade, talvez devido a globalização, as mulheres estão cada vez mais parecidas com os homens: frias, infiéis, insensíveis e absurdamente independentes. Sabe aquele história de abandonar tudo e ir para uma ilha deserta? Esqueça! Mulheres estão tão independentes que o único amor em que acreditam é o amor próprio.

***
Gosto de piadas. Mas, costumo rir apenas das que nunca ouvi. Piada repetida perde a graça. E piada inédita é cada vez mais raro. Esses dias, uma amiga enviou um e-mail, com uma piada que eu não conhecia, justamente sobre o amor. Tudo bem, a piada era sobre a língua portuguesa, mas veio a calhar com o texto que escrevi acima.

“O marido, ao chegar em casa, no final da noite, diz à mulher que já estava deitada:
- Querida, eu quero amá-la!
A mulher que estava dormindo, com a voz embolada, responde:
- A mala... Ah! Não sei onde está, não! Use a mochila que está no maleiro do quarto de visitas.
- Não é isso querida. Hoje, vou amar-te.
- Por mim, você pode ir até a Júpiter, até Saturno e até à puta que te pariu, desde que me deixe dormir em paz...”

terça-feira, 13 de julho de 2010

a esposa do presidiário

Roger utilizava um coletivo para ir ao trabalho. Todos os dias, fielmente. Nunca colocara um atestado. Tirava férias tão somente porque a legislação o obrigava. Era vendedor e vendia o máximo que podia. Fazia hora extra. Precisava de dinheiro, não poderia perder o emprego e as comissões sobre as vendas que o cargo oportunizava.
Estava pagando um financiamento da casa onde morava. Morava com a família. Família pequena, bem verdade. A esposa, com quem casara aos 21 anos; o filho, único e concebido somente na lua de mel; e a sogra, uma senhora religiosa e habilidosa na confecção dos doces caseiros que o engordavam dia após dia.
Vivia sua vida monótona. Era fiel a sua esposa e ao seu time do coração. Fanático por futebol. Adorava os domingos e as quartas-feiras, onde via jogos pela televisão. Canal aberto, pois não tinha dinheiro para pagar TV a cabo. Freqüentava com a família uma igreja evangélica de nome composto, dessas que proliferam-se por aí. Ali deixava parte do salário. Com o salário mantinha a família. A sogra recebia uma pensão do INSS, que mal cobria os preços dos remédios. A esposa era dona de casa, não trabalhava. O filho, estudava em escola pública. Vida pacata a do Roger. Mas, ele não reclamava, pois acreditava que o Senhor sabia o que estava fazendo.
Moravam num distrito industrial, um tanto quanto afastado do centro da cidade. No ônibus, que utilizava para ir ao trabalho, não havia catracas, e o cobrador andava com uma maquineta portátil, semelhante a essas dos cartões de crédito. Ele sentava sempre no mesmo lugar. Acostumando com o balanceio do coletivo, dormia tão logo o cobrador recebia o canhoto do tíquete da passagem fornecida pela empresa. Até que um dia acordou, com o perfume de uma bela senhora. Observou a bela morena, que usava um perfume importado, desses que as senhoras buscam nos freeshops da fronteira com o Uruguai. Gostava do cheiro, mas ficava incomodado, pois não conseguia dormir. Não estava acostumado, definitivamente. Sua esposa não usava tais especiarias, era uma moça simples, humilde, e com um cheiro na pele que lhe bastava. Além disso, a senhora perfumada era linda e isso confundia seus pensamentos.
Dois dias depois, a mesma coisa. Acordou com aquele cheiro. Olhou pro lado, e a senhora morena com uma jaqueta de couro avermelhada estava ao seu lado, novamente. E assim se passaram os dias. Toda terça e toda quinta quando Roger voltava para casa, a senhora estava lá, embarcando em frente ao presídio, e ajeitando-se ao lado dele. Acostumou com a companhia e não dormira mais nesses dias. Fechava os olhos, contava o número de paradas e esperava pelo cheiro, que o inebriava cada vez mais. Sentira o cheiro do perfume assim que ela colocava o pé no degrau do ônibus. Na igreja, com as mãos erguidas e espalmadas, pedia ao Senhor para que esquecesse aquela fragrância. Com o décimo terceiro salário, foi numa loja, comprar um perfume para a esposa, que aniversariava em naquele mês. Não sabia se comprava o mesmo perfume da esposa do preso, no qual estava viciado, ou se comprava um perfume completamente diferente, para desintoxicar.
- Oi. Posso te fazer uma pergunta?
- Claro. - disse a perfumada, que acabara de se ajeitar no banco.
- Qual perfume você usa? - perguntou um tanto quanto envergonhado.
Comprou um idêntico. A esposa adorou. Usava sempre. O tal perfume melhorou até a vida sexual do casal, embora ele fantasiasse a mulher do preso na cama, ao invés da esposinha recatada. Passou a fazer sexo com a esposa com mais frequência, já que o cheiro não saía das suas narinas.
- Oi. Posso fazer uma pergunta?
- Claro. - respondeu sorrindo a perfumada.
- Quem você visita na cadeia?
- Meu esposo.
- Hum... Imaginei.
E assim passaram-se os meses. Quase dois anos de convivência diária. Lado a lado nas poltronas dos coletivos. Aquela senhora, aquele perfume, aquele encostar de coxas o deixaram imensamente mais feliz. Nenhum diálogo a mais. Nada além disso. Algumas pessoas se satisfazem assim, nem todos são iguais. Roger rezava para que chegassem as terças e quintas. Passou a gostar mais da terças e quintas nos ônibus do que das quartas e domingos de futebol na televisão.
Até que uma terça ela não embarcou. Era uma terça-feira. Não sentiu o perfume. Arregalou os olhos. Olhou pela janela. Levantou, olhou pela outra janela. E gritou, desesperado!
- Espera!
O motorista parou. O cobrador o fitou e perguntou:
- O senhor vai descer?
- Não. É que... Eu achei que tivesse alguém correndo em direção ao ônibus.
O ônibus seguiu seu caminho. Roger também. Nunca mais a viu. Pediu para que a esposa nunca mais usasse aquele perfume.
- Joga fora!
- Mas...
- Joga fora! Pelo amor do Senhor, joga fora!
Passou a criticar as leis desse país, brandas demais para quem comete crimes. Por bom comportamento, o marido da senhora perfumada teve um livramento condicional e, a partir de então, cumpriria a pena no regime semi-aberto. Era o fim das visitas, foi o fim das fantasias com o aroma da esposa do presidiário.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

o corpo

Uma amiga comentou sobre a importância do Paulo Coelho. Ela disse que se ele fez alguém folhear um livro, já tinha cumprido a sua missão. Só que ele fez milhares de pessoas lerem. Parabéns ao Paulo Coelho! Esse blog não chega nem perto da audiência internacional deste best-seller, mas talvez tenha, em algum momento, despertado a vontade de ler em alguém, e mais, a vontade de escrever. Parabéns para mim! Eu mesmo, só tomei coragem de escrever e postar depois de ver uma amiga criar um blog. Sem mais delongas, abaixo, segue um texto escrito por outra amiga, um tanto tímida cá no início, de ver um conto seu, postado nesse mundo selvagem da internet. Aproveitem!

"Bom sem mais delongas resolvi escrever pra comentar sobre o corpo!
Sim o corpo, o corpo nu, o corpo humano nu.
Pelados mesmo, porque o que quero comentar é justamente os órgãos genitais.
O sistema reprodutivo?!! Ou parte dele!
Ahhhh, o pipi e a pepeca (coisa horrível se ensinam as crianças)!!!
Que seja, em pé, os dois, um ao lado do outro.
Primeiramente o corpo feminino,
por mais fora de forma, por mais velho, por mais judiado que esteja este corpo ele é "arrumadinho", sim isso mesmo, arrumadinho, como coisa dentro de gavetas, se é que me entendem. Tudo no lugar que tem que estar, uns mais pra cima outros mais pra baixo, uns mais flácidos outros mais durinhos, mas tudo ali, não falta lugar pra guardar nada.
Então o corpo masculino,
Caraca!!!!!!!!!! O que são aquelas coisas todas sacudindo?? Ahh fala sério, pode ser prazeroso, causar suspiros e arrepios, mas nem mole nem duro é bonito de se ver.
Não podia pelo menos ter uma "capinha"??? Ah! Sei lá, como os cachorrinho, por exemplo! Eles usam, dão prazeres a suas parceiras (ou não, no caso dos cães pode ser mãe, irmão, sobrinha, não importa, mas isso não vem ao caso), procriam e pronto... guardam!
O coisinha bem “esquizita“!! E o saco?? Credo!! Murcho, sempre mole, no verão fica ainda pior porque se afastam do corpo!!! Eca!!!
Depois os homens acham que as mulheres que gostam de transar no escuro é pra fazer charminho ou porque têm vergonha!! Fala sério?!!
Houve ainda quem inventou uma piada que dizia:
"Deus fez primeiro o homem pra depois a mulher porque toda obra prima precisa de um rascunho"
Não concordo que a mulher seja uma obra prima, mas que foi "feita" depois e com muito mais paciência, ahh isso não tem como negar!"

Pseudônimo: Pó de Pimenta!

sexta-feira, 9 de julho de 2010

banho

Lembro que quando era pequeno não gostava de tomar banho. Não gostava mesmo, e daí! Moro no sul do sul do mundo, e aqui faz um frio desgraçado. O chuveiro da época não regulava do jeito que eu queria, nem existia esses com regulagem. Ou era frio (desligado), ou era morno (que era frio), ou era quente (escaldante). Lembro do meu pai, em pé no vaso, trocando a posição do morno para o quente:
- Deu! - dizia eu, depois de me ensaboar.
- Deu! - dizia eu, para me enxaguar.
Pobre velho! E tem gente que acha que só as mães sofrem pelos filhos. Só que depois ficava bom e aí eu não queria sair mais. Por mim passaria o resto das noites frias do inverno gaúcho ali, embaixo das águas, ora quentes, ora mornas, que meu pai ajustava empoleirado no vaso. Lembro de uma época que colocávamos álcool numa latinha de sardinha para esquentar o ambiente. A pobreza é foda, e as vezes mata. Depois que alguns bateram as botas com essa tecnologia nada moderna, meu pai voltou a subir no vaso.
Sair do banho era pior ainda. Lembro que enquanto meu pai estava ali, se exercitando sobre o vaso sanitário, minha mãe deitada na cama, embaixo das cobertas aquecendo com o corpo minhas meias, camisetas e calças. Ok, me rendo: sou filho único. Acho que meus pais desistiram de ter outro filho com medo de passar as noites em volta do banheiro.
Sempre tive vergonha de admitir que não gostava de tomar banho no inverno. Era um sofrimento, mas eu tinha receio de ser motivo de chacotas. Então cresci e descobri que no frio do Rio Grande do Sul, franceses são ídolos.
Já na adolescência tenho lembranças remotas dos meus tempos de futebol de salão. Íamos jogar nos horários mais esdrúxulos:
- Que horas é o jogo? - perguntava.
- Das onze à meia noite! - gritava quem havia marcado a quadra.
Era um desperdício de tempo e de dinheiro. Nos quinze iniciais, as articulações não permitiam o acerto de passe, o domínio, um pulo. Doía os pés, os joelhos, as costas que estavam contraídas. O que dirá então de correr. Então o corpo aquece, e o choque térmico somado com o medo de levar uma bolada em qualquer parte do corpo, faz com que a próxima meia hora de jogo seja de muito sacrifício e cuidado por parte de nós jogadores. Os últimos quinze minutos são sofríveis, ninguém consegue respirar o ar gelado que entra no organismo quente. Dói respirar pelo nariz, incomoda respirar pela boca. Felizmente vamos pra casa. No caminho, alguém diz:
- Vou chegar em casa e me deitar assim mesmo.
- Bem capaz! - diz outro, mais consciente. - Eu vou chegar, jantar antes e só depois me deitar, porque tá frio pra caralho!
Ali eu vi que não era só eu que não gostava de banho no inverno. Envelheci, comecei a namorar, dormir na casa de amigas, morei com amigas. Então, definitivamente, vi que mulheres vão além de não lavar os cabelos diariamente, quando se trata de higiene pessoal. Mulheres também enforcam o banho. Resolvi aceitar o meu desprazer em tomar banho no inverno, conciliando com a necessidade higiênica, e sempre que posso, tomo banho a cada um dia e meio. Num dia a tarde, noutro tarde da noite, no outro eu enforco, mas quando acordo e a temperatura está próxima de 0°C, tomo banho pela manhã. O pior é pensar que ainda estamos em junho.

domingo, 4 de julho de 2010

a lei seca

Preciso desabafar: a lei seca é uma bosta! Pronto. Desabafei. E falo disso com conhecimento de causa. Não por ser um bêbado inverterado, como algumas pessoas pensam. Ocorre que trabalhei mais de quatro anos com trânsito. O trânsito, vou resumir, é formado por um tripé (sem malícia): Educação, Engenharia e Esforço Legal.
A fiscalização é chamada de esforço legal para ficar com "E" também, e abrange a legislação e a fiscalização. É sobre o esforço legal que me atenho, visto que a lei seca é uma resposta política a sociedade hipócrita através das regras formais.
Resumindo, a sociedade fica enchendo o saco com relação a questão do álcool e direção. E enchem o saco através da imprensa, que por sua vez compra a briga com unhas e dentes. Hipocrisia! Todos hipócritas! Cuspa para cima quem nunca bebeu e dirigiu! (Peraí que vou lá lavar o rosto...)
Retomando, afirmo que o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) é uma das leis mais completas e abrangentes que temos no nosso país. Teoricamente é quase perfeito. Ocorre que a outra parte do chamado Esforço Legal, a fiscalização é falha. Não sei se alguém já tentou conduzir um veículo tal qual determina o CTB. Sugiro que tentem, e lhes afirmo de antemão que é impossível causar um acidente. OK, a velocidade é baixa, a atenção é redobrada e direção defensiva é chata de colocar em prática. Mas, é uma das provas que o problema não é a Lei, e sim a execução dela. Não fomos educados para cumprir as leis de trânsito, daí a necessidade da fiscalização.
Voltando a bebida com álcool. Para amenizar a chatisse da sociedade politicamente correta, proibiram de vez o consumo de álcool para motoristas, e intitularam a Lei como seca, fazendo referência a sede de álcool que os motoristas passariam a partir de então. Lei homologada, sociedade em êxtase! Vamos colocar a fiscalização nas ruas, pensaram os governantes. E com a fiscalização quase que onipresente, os acidentes diminuíram, as mortes rarearam. Mas, peraí! Era necessário alterar leis para colocar a fiscalização na rua? Será que se tivéssemos fiscalização com a legislação anterior os acidentes não diminuiriam? Óbvio que sim. O segredo não é essa lei enganosa, mas sim a fiscalização.
Um ano depois, os gráficos apontam mortes avançando em alta velocidade (piada pertinente, mas totalmente sem graça). Explico o porquê: fiscalizar é caro. Caro financeiramente, pois exige equipamentos, blitzes, horas extras para funcionários. E mais caro ainda para a sociedade hipócrita, que berrava pela lei seca, mas quando é fiscalizada se ofende contra a fiscalização e brada contra os valores da multas que doem no bolso. Torço para que a fiscalização aconteça somente na saída das festas da sociedade que brindavam à Lei Seca.