segunda-feira, 28 de setembro de 2009

a primeira vez

Um cara que perde a virgindade aos 14 anos num banheiro de um Hotel, nos anos 90, passa a gostar de aventuras. Foi num inverno, com uma mulher fantástica. O normal teria sido apaixonar-se, mas quis o destino que a primeira mulher fosse de outra cidade. Menos mal.
Lembram do Forrest, personagem do Tom Hanks, em Forrest Gump, que passou meses embasbacado após perder a virgindade? Pois de uma forma menos cinematográfica acontecera a mesma coisa com o Roger. Amadurecer, após perder o cabaço, longe da responsável foi interessante, eis que intensificou-se a vontade de transar pela segunda vez.
Antes, aquela sensação que todos os seus amigos fazem sexo primeiro que você, e depois a sensação que entre a primeira e inesquecível vez e a segunda teria um intervalo de tempo imensurável. Não sei qual a explicação para isso, mas algumas coisas boas, coisas que você quer muito, parecem demorar mais tempo para se realizar com você do que com os outros, que, por sua vez, não parecem querer tanto. Agora, outras coisas que você nunca quer que aconteça com você, coisas que imaginamos que só acontecem com outros, sempre acontecem conosco. Por vezes tenho a impressão que o rolo do papel higiênico acaba sempre na minha vez, que sou assaltado mais vezes do que as estatísticas apresentam em toda a minha cidade, que o pneu do meu carro fura mais vezes do que os pneus dos automóveis dos outros, ou penso que o trajeto que escolho pra voltar pra casa é sempre o mais engarrafado.
Voltando pro banheiro do hotel: Camisinha? Não!! Preservativo e primeira vez é incompatível. Gozar dentro? Sim!! Controlar a ejaculação na masturbação era uma coisa, no sexo, com uma mulher linda, boa de cama, com o tesão acumulados por 14 anos e meio era outra bem diferente.
Após dias de esfregação pelos corredores do hotel de cinco andares, no banheiro do último andar, ao lado do refeitório, no começo da madrugada, finalmente terminara a espera de 14 anos. Sem tirar todas as roupas devido ao frio gaúcho, sentando no vaso, com ela por cima, Roger perdia o cabaço. Chegara a hora da primeira vez.
Era o começo. E ele admite, que foi um rápido começo.

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