sexta-feira, 4 de setembro de 2009

um pelotense

Ter nascido em Pelotas foi fator fundamental para justificar o crescimento do pequenino Roger. Os gaúchos, vítimas de piadas sobre sua masculinidade não fazem idéia do que um pelotense sofre com piadas, quase sempre sem graça, sobre sua opção sexual.
Imaginem, uma criança com cinco, seis ou sete anos, a ouvir piadinhas que de forma nenhuma condiziam com sua realidade. Restava amadurecer rapidamente para lidar com tais estórias, até mesmo rir e se divertir. Ou ainda, fazer sua parte e comer todas guriazinhas que conseguisse.
Foi o que fez. A princípio, achava que poderia comer todas as mulheres do mundo. Alguns anos depois, percebeu que seria impossível sequer conhecer todas as mulheres do mundo. Passou a tentar pegar todas as mulheres do Brasil. Mas, um país com dimensões de continente também seria bastante complicado.
Com uns 11 anos, percebera que se comesse todas as gaúchas, que em geral são as mais bonitas, já seria um grande feito, algo digno de medalha honrosa. Porém, aos 13 anos, sem ter comido ninguém, já desesperado, pensava que se comesse uma, umazinha só, tal qual seus vizinhos e amigos de escola, esqueceria essa história de dimensionar fodas em números.
Aos 14, finalmente, glória! glória! Aleluia!, pode provar do sexo, e bom sexo! E voltar com força total na sua tentativa de comer todas as mulheres possíveis, enquanto os outros continuavam a fazer suas piadas - raramente engraçadas, diga-se de passagem - por aí.

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