segunda-feira, 9 de agosto de 2010

democracia?

Outro assunto bastante comentado nesse período eleitoral que me incomoda profundamente é a tal da lei apelidada de “ficha limpa”. Casualmente, a lei é de autoria do candidato a vice presidente, Índio sei lá o que. O conto escrevi quando assisti a entrevista do então deputado federal do RJ. Não mudei meu conto pelo fato dele ter tido homologada sua candidatura, e também devido a liberdade de expressão a que tenho direito e até mesmo porque nenhum Tribunal Eleitoral da vida iria tomar conhecimento dessas linhas. Oportunamente, já deixo bem claro que vou votar em alguma mulher para o cargo mais importante do País.
Acho a lei eleitoreira, um tanto quanto enganadora e talvez inconstitucional. Digo talvez, pois não tenho conhecimento necessário sobre a Constituição. Sem contar que ela não condiz com um país dito democrático.
Parto do princípio que num país democrático o eleitor tem o direito de votar em quem ele quer, mesmo que seja num incompetente e corrupto. Se o cidadão votou num político que não fez nada por quatro anos e deseja reelegê-lo por mais um mandato, que assim o faça diante da urna eletrônica. Assim é a democracia. Não concordo com o sugestionamento de votos proposto pela lei que elimina esse ou aquele candidato. Quem deve escolher é a maioria. Aliás, o mundo não vai acabar se a maioria votar errado. Uma escolha errada serve como amadurecimento político de uma população.
O problema dos eleitores é de EDUCAÇÃO. As leis deveriam ser nesse sentido, os projetos educacionais que ensinassem a votar, a pesquisar a vida dos candidatos, suas experiências profissionais, suas convicções ideológicas. O TRE deveria apresentar propagandas nesse sentido, assim como já fez algum dia. Assim, o mais corrupto filha da puta poderia tentar se eleger ou reeleger e não conseguiria. Democraticamente ele seria excluído da política, através do voto. Vou citar um exemplo do PT, partido que tem tido meu voto na maioria das vezes. Imaginemos o deputado José Genuíno, do preocupante PT paulista, se inelegível por essa lei. Seus eleitores (são muitos) serão orientados pelo político a votarem num outro político qualquer, um laranja substituto que irá fazer as mesmas coisas que o nem tão nobre Deputado tem feito. A lei proibiria um político com a ficha suja, mas colocaria em seu lugar um político com a ficha limpa para cometer os mesmo erros que o outro cometia. O que mudaria? Nada! Absolutamente nada. Enquanto estivermos votando mal, a lei é ineficaz.
Questões mais importantes como o financiamento de campanhas poderiam ser pauta no congresso e não é. Enquanto as campanhas partirem de doações e contribuições, os interesses pessoais se sobressairão ante aos políticos do coletivo. Empresários patrocinam campanhas em troca de benefícios futuros, em caso de vitória. Isso requer atenção e legislação adequada.
Dois tipos de situações devem ineleger políticos. Uso de dinheiro público para enriquecimento ilícito e o uso do dinheiro público para financiamento de campanhas. E isso ocorre diariamente, ou alguém tem dúvida que alguns políticos são mais ricos do que seus salários permitiriam?

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