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quarta-feira, 18 de maio de 2011

errar é humano

Para os que não lêem jornal por preguiça, desinteresse ou falta de tempo, lhes aviso que o tema do momento é - passada a morte do ex soldado americano Bin Laden - Antônio Palocci, o Ministro todo-poderoso da Casa Civil. Discute-se no Brasil se deve-se ou não, investigar o seu enriquecimento, no mínimo suspeito. Para quem não sabe, seu patrimônio “vinteplicou”. Veja bem, o cara tinha uma moeda de 1 real e quatro anos depois passou a ter 20 reais. Parece fácil, mas estamos falando de valores bem maiores.
Posso garantir que se procurem algo, alguma coisa vão achar. Talvez não o que procuram, mas outras coisas com certeza. Certa vez li algo que duvidei: pesquisadores de Massachusetts, ou do raio-que-o-parta, afirmaram veementemente que todos nós já cometemos alguma infração. Devo ter lido isso lá pelos meus 12 anos, e pensei: filhos-d’uma-puta! Os pesquisadores descobriram que bato punheta no banho. De fato, era meu único ato “ilícito” até então. Cresci com aquilo me perturbando. Será que todos nós, em algum momento, somos infratores? Transgressores? Violamos regras de quando em vez? Eu, tudo bem. Mas, a freira ali da igreja também? E não me refiro as leis divinas, e sim as leis do homem.
Tive certeza que todos nós somos infratores quando descobri que se um motorista tira o carro da garagem sem o cinto de segurança, ele é um infrator. Sabiam? Agora me digam, quem tira o carro da garagem com o cinto devidamente fixado? Qual motorista nunca aproveitou sinal amarelo de um semáforo? Quem para o carro numa placa de PARE?Quem vê uma nota de 50 reais no chão e a deixa no chão, afinal ela não é sua? Quem avisa que a garçonete não anotou o refrigerante na comanda? Qual pai não disse para o filho mentir que tinha 8 anos para não pagar o ônibus e pular a catraca? Quem nunca baixou um filme pela internet? Uma mera música? Quem nunca colou numa prova?
A lei é clara e ainda calcula a sua gravidade. Não há inocentes. Todos nós somos infratores, todos erramos, apenas alguns não são descobertos. Não há hombridade em julgar alguém que faz um “gato” para economizar luz, enquanto sonega o imposto de renda. Deixemos de cuspir para cima. Os pseudos pesquisadores tinham razão. Ninguém passa imune durante uma vida inteira. Mas, confesso, acho que o Palocci está bem enrolado.



segunda-feira, 9 de agosto de 2010

democracia?

Outro assunto bastante comentado nesse período eleitoral que me incomoda profundamente é a tal da lei apelidada de “ficha limpa”. Casualmente, a lei é de autoria do candidato a vice presidente, Índio sei lá o que. O conto escrevi quando assisti a entrevista do então deputado federal do RJ. Não mudei meu conto pelo fato dele ter tido homologada sua candidatura, e também devido a liberdade de expressão a que tenho direito e até mesmo porque nenhum Tribunal Eleitoral da vida iria tomar conhecimento dessas linhas. Oportunamente, já deixo bem claro que vou votar em alguma mulher para o cargo mais importante do País.
Acho a lei eleitoreira, um tanto quanto enganadora e talvez inconstitucional. Digo talvez, pois não tenho conhecimento necessário sobre a Constituição. Sem contar que ela não condiz com um país dito democrático.
Parto do princípio que num país democrático o eleitor tem o direito de votar em quem ele quer, mesmo que seja num incompetente e corrupto. Se o cidadão votou num político que não fez nada por quatro anos e deseja reelegê-lo por mais um mandato, que assim o faça diante da urna eletrônica. Assim é a democracia. Não concordo com o sugestionamento de votos proposto pela lei que elimina esse ou aquele candidato. Quem deve escolher é a maioria. Aliás, o mundo não vai acabar se a maioria votar errado. Uma escolha errada serve como amadurecimento político de uma população.
O problema dos eleitores é de EDUCAÇÃO. As leis deveriam ser nesse sentido, os projetos educacionais que ensinassem a votar, a pesquisar a vida dos candidatos, suas experiências profissionais, suas convicções ideológicas. O TRE deveria apresentar propagandas nesse sentido, assim como já fez algum dia. Assim, o mais corrupto filha da puta poderia tentar se eleger ou reeleger e não conseguiria. Democraticamente ele seria excluído da política, através do voto. Vou citar um exemplo do PT, partido que tem tido meu voto na maioria das vezes. Imaginemos o deputado José Genuíno, do preocupante PT paulista, se inelegível por essa lei. Seus eleitores (são muitos) serão orientados pelo político a votarem num outro político qualquer, um laranja substituto que irá fazer as mesmas coisas que o nem tão nobre Deputado tem feito. A lei proibiria um político com a ficha suja, mas colocaria em seu lugar um político com a ficha limpa para cometer os mesmo erros que o outro cometia. O que mudaria? Nada! Absolutamente nada. Enquanto estivermos votando mal, a lei é ineficaz.
Questões mais importantes como o financiamento de campanhas poderiam ser pauta no congresso e não é. Enquanto as campanhas partirem de doações e contribuições, os interesses pessoais se sobressairão ante aos políticos do coletivo. Empresários patrocinam campanhas em troca de benefícios futuros, em caso de vitória. Isso requer atenção e legislação adequada.
Dois tipos de situações devem ineleger políticos. Uso de dinheiro público para enriquecimento ilícito e o uso do dinheiro público para financiamento de campanhas. E isso ocorre diariamente, ou alguém tem dúvida que alguns políticos são mais ricos do que seus salários permitiriam?