Roger estava sozinho em casa, arrotando, peidando e coçando o saco. Deitado no sofá, vendo qualquer coisa na TV e esperando a dor de cabeça passar. A dor poderia ser resultado de problemas estomacais causadores dos gases que saíam por cima ou dos que saíam por baixo. Levantou do sofá e foi pegar uma jarra d’água. Bebia no gargalo. Respingava água no peito. O cara é um porco. Um bárbaro.
- Alô! - disse ele ao atender o celular.
- Oi. Ocupado? - disse uma amiga que estava lhe devendo uma visita.
- Não. To de bobeira.
- Posso ir aí?
- Claro. Chega em quanto tempo?
- Cinco minutos.
- Peraí, tenho que tomar banho.
- Tomamos juntos.
- Mas, tenho que arrumar a casa, o quarto.
- Não quero saber disso. Quero ir aí e você sabe o porquê.
- Mas, ...
- To chegando.
Abriu as janelas, correu pro quarto para arrumar a cama, trocou de canal envergonhado que estava por assistir a novela das oito, procurou um Bom Ar, não achou, a campainha tocou. Tudo muito rápido.
- Safada! Estava aqui perto mesmo. - pensou. Entra! - gritou.
- Oi.
- Oi. Vamos tomar um banho, vem!
Ele não estava preparado para uma visita. A casa, o mau cheiro, a cueca velha e rasgada de andar em casa. Tirou tudo de uma vez só, cueca e calça, para que a moça não visse. A colocou de costas, com a cabeça virada para a basculante do banheiro, onde o cheiro era mais agradável. Deu-lhe um banho. De língua também.
Depois voltaram para o quarto. Secagem superficial dos corpos. Um corpo úmido roçando no outro, sobre a toalha molhada. Sexo rápido, para aliviar a tensão.
- Preciso ir.
- Já? - surpreendeu-se ele. - Agora que estou cheiroso tu vais embora?
- Sim. Era só uma dívida a ser paga. Já estou atrasada. Minha mãe me espera.
- Então tá.
- Roger...
- Diga.
- Dá próxima vez...
- O que tinha de errado?
- Dá próxima vez, corta as unhas do pé. Não posso sair daqui com as canelas arranhadas.
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sábado, 19 de novembro de 2011
terça-feira, 12 de julho de 2011
coisas de homem
Há determinadas coisas que acontecem conosco que as mulheres sequer imaginam. Acredito que a recíproca seja verdadeira, é claro. Aliás, é isso que torna a relação homem versus mulher interessante.
Dias atrás, fui numa lancheria com dois casais de amigos. Não lembro o porquê de surgir assunto tão impróprio para tratar em meio a baurus, mas comentamos sobre quando nossos testículos sobem do saco para o canal inguinal. Todos achavamos que tal excentricidade acontecia apenas com nós mesmos. No entanto, todos homens ali reunidos tinham duas características em comum: pediram bauru com bacon e tinham esse reflexo cremastérico.
Para explicar, cogitei em tirar uma foto do meu saco para mostrar a vocês, mas não quis. A bem da verdade não pude fotografá-lo pois não o encontrei. Com esse frio que anda fazendo no inverno, minhas bolas sobem em direção ao abdome, e o saco aproveita para sumir. Ademais, poupá-los de ver meu saco enrugado é o mínimo que eu posso fazer por quem ainda lê essas escritas.
Outro fato bastante peculiar ao universo masculino é o pós foda. Esses tempos ouvi o Roger comentando que adormecera com o preservativo envolto ao pênis. Pela manhã, ao acordar com aquela vontade de mijar, direcionou o pau em direção ao urinol, e só então percebeu que não havia tirado o látex. Seria a primeira vez na história que alguém mijaria dentro da camisinha.
Atire a primeira pedra o homem que nunca foi mijar no dia seguinte a uma foda e não impregnou um banheiro com o cheiro de porra misturado com o cheiro de boceta. Isso aconteceu comigo uma vez, quando saí atrasado, e correndo escovei os dentes enquanto colocava a camisa, lavava o pau na pia enquanto penteava os cabelos, e secava o membro na toalha de rosto, antes de sair colocando o cinto. Engraçado foi ver a mulher secando o rosto com a mesma toalha, enquanto eu a esperava para trancar a porta.
Para as mulheres entenderem melhor, o pau fica melado, os pentelhos cheirando a sexo, e isso aromatiza o ambiente na hora da mijada das 10h da manhã. Todo homem precisa mijar por volta das 10h, sabiam? Os que tomam chimarrão não passam das 9h! É coisa de homem isso. Mais impressionante é que essa mistura sexual do dia seguinte ultrapassa o cheiro do desinfetante que limpou o banheiro mais cedo.
Ali, enrolado na glande, sempre surge um fio de cabelo gigante. Nós sempre catamos um fio de cabelo na cabeça do pau, mesmo se a mulher tiver cabelos curtos. Mais impressionante mesmo é quando elevamos o fio de cabelo a altura dos olhos e nos questionamos:
- Como pode um fio de cabelo loiro se a mulher era morena?!
Enquanto apontamos o membro com uma mão em direção ao vaso sanitário, a outra chega bem perto dos olhos, pois a luz pode enganar e o fio ser branco, da mãe ou da avó, mas não! O fio é do cabelo de uma loira!Daí o cara pensa na última loira que traçara: meses atrás! Nem lembrava o nome da loira! Como pode isso?, nos perguntamos sempre.
Na urinada das 15 horas e quarenta minutos (todo homem mija por volta desse horário), o cara coloca o pau para fora e desesperado com o cheiro guardado na cueca, resolve mijar na pia do banheiro. Sim, homens mijam na pia do banheiro, sabiam? Mas é higiênico, não se preocupem, mas fiquem com inveja. Homens mijam na pia e miram no ralo do lavatório, e depois abrem a torneira para lavar o pau ali mesmo e amenizar o cheiro desagradável, jogando água na pia para higienizar o local. Não fiquem com nojo pois isso é coisa de homem.
Dias atrás, fui numa lancheria com dois casais de amigos. Não lembro o porquê de surgir assunto tão impróprio para tratar em meio a baurus, mas comentamos sobre quando nossos testículos sobem do saco para o canal inguinal. Todos achavamos que tal excentricidade acontecia apenas com nós mesmos. No entanto, todos homens ali reunidos tinham duas características em comum: pediram bauru com bacon e tinham esse reflexo cremastérico.
Para explicar, cogitei em tirar uma foto do meu saco para mostrar a vocês, mas não quis. A bem da verdade não pude fotografá-lo pois não o encontrei. Com esse frio que anda fazendo no inverno, minhas bolas sobem em direção ao abdome, e o saco aproveita para sumir. Ademais, poupá-los de ver meu saco enrugado é o mínimo que eu posso fazer por quem ainda lê essas escritas.
Outro fato bastante peculiar ao universo masculino é o pós foda. Esses tempos ouvi o Roger comentando que adormecera com o preservativo envolto ao pênis. Pela manhã, ao acordar com aquela vontade de mijar, direcionou o pau em direção ao urinol, e só então percebeu que não havia tirado o látex. Seria a primeira vez na história que alguém mijaria dentro da camisinha.
Atire a primeira pedra o homem que nunca foi mijar no dia seguinte a uma foda e não impregnou um banheiro com o cheiro de porra misturado com o cheiro de boceta. Isso aconteceu comigo uma vez, quando saí atrasado, e correndo escovei os dentes enquanto colocava a camisa, lavava o pau na pia enquanto penteava os cabelos, e secava o membro na toalha de rosto, antes de sair colocando o cinto. Engraçado foi ver a mulher secando o rosto com a mesma toalha, enquanto eu a esperava para trancar a porta.
Para as mulheres entenderem melhor, o pau fica melado, os pentelhos cheirando a sexo, e isso aromatiza o ambiente na hora da mijada das 10h da manhã. Todo homem precisa mijar por volta das 10h, sabiam? Os que tomam chimarrão não passam das 9h! É coisa de homem isso. Mais impressionante é que essa mistura sexual do dia seguinte ultrapassa o cheiro do desinfetante que limpou o banheiro mais cedo.
Ali, enrolado na glande, sempre surge um fio de cabelo gigante. Nós sempre catamos um fio de cabelo na cabeça do pau, mesmo se a mulher tiver cabelos curtos. Mais impressionante mesmo é quando elevamos o fio de cabelo a altura dos olhos e nos questionamos:
- Como pode um fio de cabelo loiro se a mulher era morena?!
Enquanto apontamos o membro com uma mão em direção ao vaso sanitário, a outra chega bem perto dos olhos, pois a luz pode enganar e o fio ser branco, da mãe ou da avó, mas não! O fio é do cabelo de uma loira!Daí o cara pensa na última loira que traçara: meses atrás! Nem lembrava o nome da loira! Como pode isso?, nos perguntamos sempre.
Na urinada das 15 horas e quarenta minutos (todo homem mija por volta desse horário), o cara coloca o pau para fora e desesperado com o cheiro guardado na cueca, resolve mijar na pia do banheiro. Sim, homens mijam na pia do banheiro, sabiam? Mas é higiênico, não se preocupem, mas fiquem com inveja. Homens mijam na pia e miram no ralo do lavatório, e depois abrem a torneira para lavar o pau ali mesmo e amenizar o cheiro desagradável, jogando água na pia para higienizar o local. Não fiquem com nojo pois isso é coisa de homem.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
o odor
Roger é um mortal. Um mortal como outro qualquer. Já fracassou. Mas, teve suas justificativas. Conta que conheceu uma menina. Era bonita, interessante, meiga. Ficaram algumas vezes. Sexo é que era o problema. Mulher difícil, enrolada.
Conta sobre uma vez, no carro. Amassos, arretos e coisa e tal. Sexo que é bom, nada. Cansou de insistir. A deixou em casa, bravo, injuriado. Além do tesão notório, a mulher bonita e enrolada fedia. Sim, fedia de ser mau cheirosa. E não era esse mau cheiro gostoso de buceta. Era algo que nunca havia visto. Imaginou que era falta de banho. Afirmava que saiu de onde estavam, a levou pra casa, seguiu ao bairro onde morava, cerca de quinze minutos, até encontrar um amigo:
- Tchê! Vem cá! Cheira dentro do carro. - pediu.
Para confirmar sua mentira, diz que o vizinho perguntou:
- O quê!! Foi pescar?
Era algo sério o que havia com aquela menina bonita. Fedorenta que chegava a cheirar a peixe, tipo bacalhau. Um odor insuportável. Disse ao amigo sobre a menina e ainda explicou:
- Vim com as mãos pra fora da janela, pra ver se o cheiro saia. Abri os quatro vidros do auto pra ver se o cheiro amenizava. E nada. Impregnou!
Lembrou de uma outra ocasião, quando dera carona a uma outra menina, no mesmo carro. Ela havia tomado banho na praia do Laranjal, praia de água doce da cidade de Pelotas, cuja água sempre foi palco de coliformes fecais. Trouxe do Laranjal ao centro. Beijos de despedida e depois levou o veículo a um posto de combustíveis para trocar o óleo. Óleo e filtro, como ordenara o seu pai. Enquanto aguardava sentiu um cheiro ruim. Cheiro a esgoto. Lembrou da menina e colou o nariz no banco do carona, tal qual um cão farejador, imaginando que algum resíduo sólido tivesse advindo das águas pouco cristalinas da Laguna do Patos através do corpo da menina. Por sorte, o banco estava limpo. Soltou o freio de mão até que o veículo descesse a rampa e deixasse para trás a caixa de esgoto que havia no posto e que estava trazendo o cheiro desagradável para dentro do veículo.
Mas, Roger não deu-se por vencido e insistiu com aquela menina fedida até que houvesse sexo. Era questão de honra. Marcou um encontro num sábado de janeiro, à tarde, no local onde ela trabalhava. Ela estaria só, e lá deixaria para trás toda a frescura que havia tido até então. No meio da tarde quente, chegou ao local combinado. O local era envidraçado. Qualquer pessoa que passasse pela frente do estabelecimento comercial poderia ver, exceto se fossem pro banheiro.
- Vamos pro banheiro. Caso o meu chefe chegue aí, eu digo que tranquei a porta para ir no banheiro. - disse ela de caso pensado.
A frase não o deixou mais tranqüilo, eis que o banheiro era minúsculo. Azar! Precisava colocar seu pau dentro daquela mulher de qualquer jeito. Suava mesmo antes de entrar no banheiro apertado. Tão apertado que a pia ficava na parte de fora. O banheiro tinha menos de um metro quadrado. A basculante era minúscula e para completar estava emperrada e abria somente uma pequena fresta, por onde soprava um vento quente e úmido, tal qual os verões de Pelotas.
Ainda sim, tudo ia bem. Ele escorado na porta, ela de costas, ajoelhada sobre a tampa do vaso sanitário. Os pingos de suor caiam da testa diretamente nas costas da menina bonita. Mas, ela cansou dessa posição. Quis trocar. Sentou no vaso, com as pernas abertas e arqueadas em direção a ele. Ele só teve uns três segundo para perceber que ela era linda, mesmo suando a raiz dos cabelos. Depois, aspirou o odor. Três segundos foi o tempo em que o cérebro processou o odor. A partir daí, brochou. Não houve jeito. Culpou o calor, a janela que não abria, o suor que escorria.
Foi a primeira brochada. Não sabia bem como lidar com a situação, tampouco o que falar. Mas, estava tranqüilo. Não conseguiria fazer sexo naquelas condições. A menos que estivessem deitados sobre uma rede de pesca ou sobre uma banca de peixes. Esperou mais algum tempo e foi pra casa. Não disse que iriam transar novamente, não sabia se teria coragem. A viu mais umas duas ou três vezes. Na última, ela estava acompanhada, talvez namorando.
Teve certeza que não era falta de banho pois ela era quase toda cheirosa. A não ser que ela tomasse banho e lavasse a vagina com caldo de bacalhau, o que é bastante improvável. Provavelmente seria alguma bactéria, dessas que os ginecologistas explicam melhor do que eu. Talvez a menina bonita estivesse curada. Ou então, o namorado poderia ter sinusite aguda e não percebesse o cheiro ruim.
Anos mais tarde, encontrou um grande amigo. Conversa vai, conversa vem e falaram da menina bonita. Meio desconcertado, Roger comentou nas entrelinhas sobre algum problema que havia tido com a menina. O amigo fez questão de ouvir as entrelinhas, já que também havia tido problemas com a mesma menina bonita. Resumidamente, os dois haviam brochado com a menina. Roger contou sua história. O amigo contou a sua versão:
- Era inverno. Começamos em baixo das cobertas. Até que esquentou o negócio. Quando eu tirei as cobertas senti o cheiro. Era muito forte, nunca tinha visto algo assim. Brochei.
Eu nunca tinha visto dos homens felizes por terem brochado. Abraçaram-se na festa, emocionados. Mais do que isso, aliviados. Pareciam curados de uma doença incurável. Parecia que não se viam há anos. Mas, apenas estavam satisfeitos que o problema não era com eles, e sim com a menina bonita, coitada.
Conta sobre uma vez, no carro. Amassos, arretos e coisa e tal. Sexo que é bom, nada. Cansou de insistir. A deixou em casa, bravo, injuriado. Além do tesão notório, a mulher bonita e enrolada fedia. Sim, fedia de ser mau cheirosa. E não era esse mau cheiro gostoso de buceta. Era algo que nunca havia visto. Imaginou que era falta de banho. Afirmava que saiu de onde estavam, a levou pra casa, seguiu ao bairro onde morava, cerca de quinze minutos, até encontrar um amigo:
- Tchê! Vem cá! Cheira dentro do carro. - pediu.
Para confirmar sua mentira, diz que o vizinho perguntou:
- O quê!! Foi pescar?
Era algo sério o que havia com aquela menina bonita. Fedorenta que chegava a cheirar a peixe, tipo bacalhau. Um odor insuportável. Disse ao amigo sobre a menina e ainda explicou:
- Vim com as mãos pra fora da janela, pra ver se o cheiro saia. Abri os quatro vidros do auto pra ver se o cheiro amenizava. E nada. Impregnou!
Lembrou de uma outra ocasião, quando dera carona a uma outra menina, no mesmo carro. Ela havia tomado banho na praia do Laranjal, praia de água doce da cidade de Pelotas, cuja água sempre foi palco de coliformes fecais. Trouxe do Laranjal ao centro. Beijos de despedida e depois levou o veículo a um posto de combustíveis para trocar o óleo. Óleo e filtro, como ordenara o seu pai. Enquanto aguardava sentiu um cheiro ruim. Cheiro a esgoto. Lembrou da menina e colou o nariz no banco do carona, tal qual um cão farejador, imaginando que algum resíduo sólido tivesse advindo das águas pouco cristalinas da Laguna do Patos através do corpo da menina. Por sorte, o banco estava limpo. Soltou o freio de mão até que o veículo descesse a rampa e deixasse para trás a caixa de esgoto que havia no posto e que estava trazendo o cheiro desagradável para dentro do veículo.
Mas, Roger não deu-se por vencido e insistiu com aquela menina fedida até que houvesse sexo. Era questão de honra. Marcou um encontro num sábado de janeiro, à tarde, no local onde ela trabalhava. Ela estaria só, e lá deixaria para trás toda a frescura que havia tido até então. No meio da tarde quente, chegou ao local combinado. O local era envidraçado. Qualquer pessoa que passasse pela frente do estabelecimento comercial poderia ver, exceto se fossem pro banheiro.
- Vamos pro banheiro. Caso o meu chefe chegue aí, eu digo que tranquei a porta para ir no banheiro. - disse ela de caso pensado.
A frase não o deixou mais tranqüilo, eis que o banheiro era minúsculo. Azar! Precisava colocar seu pau dentro daquela mulher de qualquer jeito. Suava mesmo antes de entrar no banheiro apertado. Tão apertado que a pia ficava na parte de fora. O banheiro tinha menos de um metro quadrado. A basculante era minúscula e para completar estava emperrada e abria somente uma pequena fresta, por onde soprava um vento quente e úmido, tal qual os verões de Pelotas.
Ainda sim, tudo ia bem. Ele escorado na porta, ela de costas, ajoelhada sobre a tampa do vaso sanitário. Os pingos de suor caiam da testa diretamente nas costas da menina bonita. Mas, ela cansou dessa posição. Quis trocar. Sentou no vaso, com as pernas abertas e arqueadas em direção a ele. Ele só teve uns três segundo para perceber que ela era linda, mesmo suando a raiz dos cabelos. Depois, aspirou o odor. Três segundos foi o tempo em que o cérebro processou o odor. A partir daí, brochou. Não houve jeito. Culpou o calor, a janela que não abria, o suor que escorria.
Foi a primeira brochada. Não sabia bem como lidar com a situação, tampouco o que falar. Mas, estava tranqüilo. Não conseguiria fazer sexo naquelas condições. A menos que estivessem deitados sobre uma rede de pesca ou sobre uma banca de peixes. Esperou mais algum tempo e foi pra casa. Não disse que iriam transar novamente, não sabia se teria coragem. A viu mais umas duas ou três vezes. Na última, ela estava acompanhada, talvez namorando.
Teve certeza que não era falta de banho pois ela era quase toda cheirosa. A não ser que ela tomasse banho e lavasse a vagina com caldo de bacalhau, o que é bastante improvável. Provavelmente seria alguma bactéria, dessas que os ginecologistas explicam melhor do que eu. Talvez a menina bonita estivesse curada. Ou então, o namorado poderia ter sinusite aguda e não percebesse o cheiro ruim.
Anos mais tarde, encontrou um grande amigo. Conversa vai, conversa vem e falaram da menina bonita. Meio desconcertado, Roger comentou nas entrelinhas sobre algum problema que havia tido com a menina. O amigo fez questão de ouvir as entrelinhas, já que também havia tido problemas com a mesma menina bonita. Resumidamente, os dois haviam brochado com a menina. Roger contou sua história. O amigo contou a sua versão:
- Era inverno. Começamos em baixo das cobertas. Até que esquentou o negócio. Quando eu tirei as cobertas senti o cheiro. Era muito forte, nunca tinha visto algo assim. Brochei.
Eu nunca tinha visto dos homens felizes por terem brochado. Abraçaram-se na festa, emocionados. Mais do que isso, aliviados. Pareciam curados de uma doença incurável. Parecia que não se viam há anos. Mas, apenas estavam satisfeitos que o problema não era com eles, e sim com a menina bonita, coitada.
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