- Moça! Preciso falar contigo um minuto. - disse o Roger. - É o seguinte: estou incomodado com algumas coisas. Eu ando atrás de você, quase que te perseguindo, tentando flertar com contigo. Te vi dias atrás no supermercado e fiz minhas compras nos mesmos corredores que tu fizestes. Até produtos dietéticos pus no meu carrinho enquanto esperava tu escolher o sabor da tua gelatina. Depois ainda bati com o carrinho no seu carrinho para chamar tua atenção, te pedi desculpas, mas tu não deu a mínima. Noutro dia cruzei por ti na rua, e tu sequer levantou os olhos do chão. Outra vez, na padaria, tu deixou cair uma moeda de dez centavos embaixo do balcão. Eu me acoquei, fiquei de quatro até, enfiei os dedos na sujeira que havia embaixo do balcão, catei a moeda e quando fui te entregar, tu já tinha ido embora. E na faculdade então! Te procuro pelos corredores, tento fazer tu me notar, mas tu finge que não percebe, não me olha. Na academia é pior. Mudo a sequência dos aparelhos para malhar perto de ti, mas tu parece uma autista, que só enxerga aparelhos e tua garrafinha d’agua. Esses dias tu tava num restaurante, com tuas amigas. Sentei numa mesa próxima. As três notaram que eu olhava para ti, que apenas comia sua salada ceasar como se fosse um pedaço de picanha. Noutro dia, te vi no cinema, com uma água mineral na mão. Sentei do seu lado, até chorei assistindo aquela comédia romântica, esperei seu braço tocar no meu, mas nada! Nada! Depois vocês mulheres reclamam que estão sempre sozinhas, que ninguém as quer. Mas, vocês não dão espaço para as oportunidades. Por isso esse monte de mulheres solteiras. Esse montão de mulheres carentes, que clamam por ter alguém ao lado, lhes fazendo companhia, lhes dando atenção, carinho. E tu aí, andando pelas ruas de forma insípida, inodora e incolor. Andar frígido. Olhar apático. Gestos complacentes. O que acontece contigo, moça?
- Olha, Roger. Já percebi a sua existência, e se nunca dei atenção, é devido a tua insignificância. De todos os homens do mundo, o único que não tem chances comigo é você. Portanto, pare de ser inconveniente e siga seu caminho. Adeus!
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domingo, 7 de agosto de 2011
domingo, 11 de abril de 2010
flertes
O que mais senti falta durante o tempo de namoro não foi de sair, transar com mulheres diferentes. Senti falta de flertar. Em alguns lugares chamam de xaveco, em outros de trovar. Questões lingüísticas a parte, o mais interessante é a aproximação. Já vi o Roger usando muito a criatividade, buscando ser original ou diferente dos outros, se é que isso é possível.
Bom era no tempo das cartas, onde dizíamos de forma pensada o que pensávamos. Vivi esse período, troquei algumas cartas. Achava um inconveniente ir até uma agência dos Correios, mas gostava quando o carteiro trazia algo a mim remetido. Nunca troquei e-mails amorosos, pulei essa etapa. Passei direto para a rasgação deslavada no MSN. Também vivi uma fase onde não fazíamos nada. Uma amiga ou amigo fazia o trabalho mais difícil. Restava-nos o atropelamento. Era chegar e pegar. Questões históricas para introdução do assunto, mas me refiro a outro tipo de aproximação. A troca de olhares. Uma dança. Uma cantada. A conquista em si.
É de praxe que em qualquer aproximação ocorra uma apresentação de protocolo, que começa com um cumprimento simples. Pouco tem se usado o piscar de olhos. Depois pergunta-se de onde vem, o que faz. Evita-se perguntar sobre o tempo, e também usar cantadas manjadas. Bom, chega de ladainha e vamos aos causos.
Certa vez, numa festa, flertando sem sucesso, um amigo nosso tenta a aproximação:
- Oi. Qual teu nome?
- Sou surda! - disse a moça virando o rosto.
Olha, não acho que ninguém seja obrigado a ficar com ninguém. Mas, a mulher faz chapinha por meia hora, passa maquiagem nos cílios, em cima dos olhos, embaixo dos olhos, talvez dentro dos olhos, depila em cima, em baixo, virilha, vagina, ânus, passa pós, cremes, hidratantes para mãos, para os pés, para as pernas, talvez para unhas, coloca uma calcinha pequena, uma roupa bonita, jóias e bijuterias e vai numa festa pra se dizer surda ao invés de agir com maturidade e ser simpática com meu amigo! Não é feio, nem deselegante dizer que não está interessada, que não está afim, que está de olho em outro cara, qualquer coisa. Mas dizer-se surda!? Que seja castigada.
Essa não faz parte daquelas que só saem pra dançar. Sim, tem um grupo de mulheres que só saí pra dançar. Gostam de dançar, precisam dançar. Acordam pela manhã de sábado e pensam: Hoje quero dançar muito! O problema desse grupo é achar homens que só saem pra dançar. Eu desconheço. Que graça tem só dançar? Sugiro freqüentar grupos de danças, danças folclóricas, jazz, danças de salão.
Um dia um conhecido disse pra uma menina, escorada no balcão:
- Sabia que tu és a mulher mais bonita da festa?
- Pena que eu não posso dizer o mesmo. - disse ela, olhando de cima a baixo, com arrogância nos lábios.
Perspicaz, ele pensou com a rapidez de um repórter do CQC:
- Então faz que nem eu: mente!
E o outro caso, de um outro amigo meu que, ao abordar a moça, com perguntas padrões, ouviu essa pérola:
- Vocês sempre com esse papinho trouxa! Sempre a mesma coisa. Qual teu nome? O que tu faz? Que saco!
Ele voltou chateado, pro nosso grupo. O que faz uma mulher dessa numa festa? Que sentido tem a vida pra ela? Quantos dias ainda teria de vida, antes de cortar os pulsos? Seria falta de sexo essa falta de educação, essa falta de senso de humor? E não tem TPM que justifique isso. O Roger comprou a briga. Foi a até ela e mostrou, que nós homens temos outras formas de chegar numa mulher:
- Oi! Tu chupas?
- ...
- Tu engole ou cospe? Tu já levastes uma bolada nos queixos? E uma cabeçada no céu da boca? - perguntando em alto e bom som pra delírio dos incrédulos amigos e surpresa da moça.
É meninas complicadas, melhor facilitar as coisas, serem mais gentis, simpáticas e educadas, não custa nada. Afinal, o Roger tem ido em muitas festas por aí.
Bom era no tempo das cartas, onde dizíamos de forma pensada o que pensávamos. Vivi esse período, troquei algumas cartas. Achava um inconveniente ir até uma agência dos Correios, mas gostava quando o carteiro trazia algo a mim remetido. Nunca troquei e-mails amorosos, pulei essa etapa. Passei direto para a rasgação deslavada no MSN. Também vivi uma fase onde não fazíamos nada. Uma amiga ou amigo fazia o trabalho mais difícil. Restava-nos o atropelamento. Era chegar e pegar. Questões históricas para introdução do assunto, mas me refiro a outro tipo de aproximação. A troca de olhares. Uma dança. Uma cantada. A conquista em si.
É de praxe que em qualquer aproximação ocorra uma apresentação de protocolo, que começa com um cumprimento simples. Pouco tem se usado o piscar de olhos. Depois pergunta-se de onde vem, o que faz. Evita-se perguntar sobre o tempo, e também usar cantadas manjadas. Bom, chega de ladainha e vamos aos causos.
Certa vez, numa festa, flertando sem sucesso, um amigo nosso tenta a aproximação:
- Oi. Qual teu nome?
- Sou surda! - disse a moça virando o rosto.
Olha, não acho que ninguém seja obrigado a ficar com ninguém. Mas, a mulher faz chapinha por meia hora, passa maquiagem nos cílios, em cima dos olhos, embaixo dos olhos, talvez dentro dos olhos, depila em cima, em baixo, virilha, vagina, ânus, passa pós, cremes, hidratantes para mãos, para os pés, para as pernas, talvez para unhas, coloca uma calcinha pequena, uma roupa bonita, jóias e bijuterias e vai numa festa pra se dizer surda ao invés de agir com maturidade e ser simpática com meu amigo! Não é feio, nem deselegante dizer que não está interessada, que não está afim, que está de olho em outro cara, qualquer coisa. Mas dizer-se surda!? Que seja castigada.
Essa não faz parte daquelas que só saem pra dançar. Sim, tem um grupo de mulheres que só saí pra dançar. Gostam de dançar, precisam dançar. Acordam pela manhã de sábado e pensam: Hoje quero dançar muito! O problema desse grupo é achar homens que só saem pra dançar. Eu desconheço. Que graça tem só dançar? Sugiro freqüentar grupos de danças, danças folclóricas, jazz, danças de salão.
Um dia um conhecido disse pra uma menina, escorada no balcão:
- Sabia que tu és a mulher mais bonita da festa?
- Pena que eu não posso dizer o mesmo. - disse ela, olhando de cima a baixo, com arrogância nos lábios.
Perspicaz, ele pensou com a rapidez de um repórter do CQC:
- Então faz que nem eu: mente!
E o outro caso, de um outro amigo meu que, ao abordar a moça, com perguntas padrões, ouviu essa pérola:
- Vocês sempre com esse papinho trouxa! Sempre a mesma coisa. Qual teu nome? O que tu faz? Que saco!
Ele voltou chateado, pro nosso grupo. O que faz uma mulher dessa numa festa? Que sentido tem a vida pra ela? Quantos dias ainda teria de vida, antes de cortar os pulsos? Seria falta de sexo essa falta de educação, essa falta de senso de humor? E não tem TPM que justifique isso. O Roger comprou a briga. Foi a até ela e mostrou, que nós homens temos outras formas de chegar numa mulher:
- Oi! Tu chupas?
- ...
- Tu engole ou cospe? Tu já levastes uma bolada nos queixos? E uma cabeçada no céu da boca? - perguntando em alto e bom som pra delírio dos incrédulos amigos e surpresa da moça.
É meninas complicadas, melhor facilitar as coisas, serem mais gentis, simpáticas e educadas, não custa nada. Afinal, o Roger tem ido em muitas festas por aí.
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