Roger utilizava um coletivo para ir ao trabalho. Todos os dias, fielmente. Nunca colocara um atestado. Tirava férias tão somente porque a legislação o obrigava. Era vendedor e vendia o máximo que podia. Fazia hora extra. Precisava de dinheiro, não poderia perder o emprego e as comissões sobre as vendas que o cargo oportunizava.
Estava pagando um financiamento da casa onde morava. Morava com a família. Família pequena, bem verdade. A esposa, com quem casara aos 21 anos; o filho, único e concebido somente na lua de mel; e a sogra, uma senhora religiosa e habilidosa na confecção dos doces caseiros que o engordavam dia após dia.
Vivia sua vida monótona. Era fiel a sua esposa e ao seu time do coração. Fanático por futebol. Adorava os domingos e as quartas-feiras, onde via jogos pela televisão. Canal aberto, pois não tinha dinheiro para pagar TV a cabo. Freqüentava com a família uma igreja evangélica de nome composto, dessas que proliferam-se por aí. Ali deixava parte do salário. Com o salário mantinha a família. A sogra recebia uma pensão do INSS, que mal cobria os preços dos remédios. A esposa era dona de casa, não trabalhava. O filho, estudava em escola pública. Vida pacata a do Roger. Mas, ele não reclamava, pois acreditava que o Senhor sabia o que estava fazendo.
Moravam num distrito industrial, um tanto quanto afastado do centro da cidade. No ônibus, que utilizava para ir ao trabalho, não havia catracas, e o cobrador andava com uma maquineta portátil, semelhante a essas dos cartões de crédito. Ele sentava sempre no mesmo lugar. Acostumando com o balanceio do coletivo, dormia tão logo o cobrador recebia o canhoto do tíquete da passagem fornecida pela empresa. Até que um dia acordou, com o perfume de uma bela senhora. Observou a bela morena, que usava um perfume importado, desses que as senhoras buscam nos freeshops da fronteira com o Uruguai. Gostava do cheiro, mas ficava incomodado, pois não conseguia dormir. Não estava acostumado, definitivamente. Sua esposa não usava tais especiarias, era uma moça simples, humilde, e com um cheiro na pele que lhe bastava. Além disso, a senhora perfumada era linda e isso confundia seus pensamentos.
Dois dias depois, a mesma coisa. Acordou com aquele cheiro. Olhou pro lado, e a senhora morena com uma jaqueta de couro avermelhada estava ao seu lado, novamente. E assim se passaram os dias. Toda terça e toda quinta quando Roger voltava para casa, a senhora estava lá, embarcando em frente ao presídio, e ajeitando-se ao lado dele. Acostumou com a companhia e não dormira mais nesses dias. Fechava os olhos, contava o número de paradas e esperava pelo cheiro, que o inebriava cada vez mais. Sentira o cheiro do perfume assim que ela colocava o pé no degrau do ônibus. Na igreja, com as mãos erguidas e espalmadas, pedia ao Senhor para que esquecesse aquela fragrância. Com o décimo terceiro salário, foi numa loja, comprar um perfume para a esposa, que aniversariava em naquele mês. Não sabia se comprava o mesmo perfume da esposa do preso, no qual estava viciado, ou se comprava um perfume completamente diferente, para desintoxicar.
- Oi. Posso te fazer uma pergunta?
- Claro. - disse a perfumada, que acabara de se ajeitar no banco.
- Qual perfume você usa? - perguntou um tanto quanto envergonhado.
Comprou um idêntico. A esposa adorou. Usava sempre. O tal perfume melhorou até a vida sexual do casal, embora ele fantasiasse a mulher do preso na cama, ao invés da esposinha recatada. Passou a fazer sexo com a esposa com mais frequência, já que o cheiro não saía das suas narinas.
- Oi. Posso fazer uma pergunta?
- Claro. - respondeu sorrindo a perfumada.
- Quem você visita na cadeia?
- Meu esposo.
- Hum... Imaginei.
E assim passaram-se os meses. Quase dois anos de convivência diária. Lado a lado nas poltronas dos coletivos. Aquela senhora, aquele perfume, aquele encostar de coxas o deixaram imensamente mais feliz. Nenhum diálogo a mais. Nada além disso. Algumas pessoas se satisfazem assim, nem todos são iguais. Roger rezava para que chegassem as terças e quintas. Passou a gostar mais da terças e quintas nos ônibus do que das quartas e domingos de futebol na televisão.
Até que uma terça ela não embarcou. Era uma terça-feira. Não sentiu o perfume. Arregalou os olhos. Olhou pela janela. Levantou, olhou pela outra janela. E gritou, desesperado!
- Espera!
O motorista parou. O cobrador o fitou e perguntou:
- O senhor vai descer?
- Não. É que... Eu achei que tivesse alguém correndo em direção ao ônibus.
O ônibus seguiu seu caminho. Roger também. Nunca mais a viu. Pediu para que a esposa nunca mais usasse aquele perfume.
- Joga fora!
- Mas...
- Joga fora! Pelo amor do Senhor, joga fora!
Passou a criticar as leis desse país, brandas demais para quem comete crimes. Por bom comportamento, o marido da senhora perfumada teve um livramento condicional e, a partir de então, cumpriria a pena no regime semi-aberto. Era o fim das visitas, foi o fim das fantasias com o aroma da esposa do presidiário.
terça-feira, 13 de julho de 2010
segunda-feira, 12 de julho de 2010
o corpo
Uma amiga comentou sobre a importância do Paulo Coelho. Ela disse que se ele fez alguém folhear um livro, já tinha cumprido a sua missão. Só que ele fez milhares de pessoas lerem. Parabéns ao Paulo Coelho! Esse blog não chega nem perto da audiência internacional deste best-seller, mas talvez tenha, em algum momento, despertado a vontade de ler em alguém, e mais, a vontade de escrever. Parabéns para mim! Eu mesmo, só tomei coragem de escrever e postar depois de ver uma amiga criar um blog. Sem mais delongas, abaixo, segue um texto escrito por outra amiga, um tanto tímida cá no início, de ver um conto seu, postado nesse mundo selvagem da internet. Aproveitem!
"Bom sem mais delongas resolvi escrever pra comentar sobre o corpo!
Sim o corpo, o corpo nu, o corpo humano nu.
Pelados mesmo, porque o que quero comentar é justamente os órgãos genitais.
O sistema reprodutivo?!! Ou parte dele!
Ahhhh, o pipi e a pepeca (coisa horrível se ensinam as crianças)!!!
Que seja, em pé, os dois, um ao lado do outro.
Primeiramente o corpo feminino,
por mais fora de forma, por mais velho, por mais judiado que esteja este corpo ele é "arrumadinho", sim isso mesmo, arrumadinho, como coisa dentro de gavetas, se é que me entendem. Tudo no lugar que tem que estar, uns mais pra cima outros mais pra baixo, uns mais flácidos outros mais durinhos, mas tudo ali, não falta lugar pra guardar nada.
Então o corpo masculino,
Caraca!!!!!!!!!! O que são aquelas coisas todas sacudindo?? Ahh fala sério, pode ser prazeroso, causar suspiros e arrepios, mas nem mole nem duro é bonito de se ver.
Não podia pelo menos ter uma "capinha"??? Ah! Sei lá, como os cachorrinho, por exemplo! Eles usam, dão prazeres a suas parceiras (ou não, no caso dos cães pode ser mãe, irmão, sobrinha, não importa, mas isso não vem ao caso), procriam e pronto... guardam!
O coisinha bem “esquizita“!! E o saco?? Credo!! Murcho, sempre mole, no verão fica ainda pior porque se afastam do corpo!!! Eca!!!
Depois os homens acham que as mulheres que gostam de transar no escuro é pra fazer charminho ou porque têm vergonha!! Fala sério?!!
Houve ainda quem inventou uma piada que dizia:
"Deus fez primeiro o homem pra depois a mulher porque toda obra prima precisa de um rascunho"
Não concordo que a mulher seja uma obra prima, mas que foi "feita" depois e com muito mais paciência, ahh isso não tem como negar!"
Pseudônimo: Pó de Pimenta!
"Bom sem mais delongas resolvi escrever pra comentar sobre o corpo!
Sim o corpo, o corpo nu, o corpo humano nu.
Pelados mesmo, porque o que quero comentar é justamente os órgãos genitais.
O sistema reprodutivo?!! Ou parte dele!
Ahhhh, o pipi e a pepeca (coisa horrível se ensinam as crianças)!!!
Que seja, em pé, os dois, um ao lado do outro.
Primeiramente o corpo feminino,
por mais fora de forma, por mais velho, por mais judiado que esteja este corpo ele é "arrumadinho", sim isso mesmo, arrumadinho, como coisa dentro de gavetas, se é que me entendem. Tudo no lugar que tem que estar, uns mais pra cima outros mais pra baixo, uns mais flácidos outros mais durinhos, mas tudo ali, não falta lugar pra guardar nada.
Então o corpo masculino,
Caraca!!!!!!!!!! O que são aquelas coisas todas sacudindo?? Ahh fala sério, pode ser prazeroso, causar suspiros e arrepios, mas nem mole nem duro é bonito de se ver.
Não podia pelo menos ter uma "capinha"??? Ah! Sei lá, como os cachorrinho, por exemplo! Eles usam, dão prazeres a suas parceiras (ou não, no caso dos cães pode ser mãe, irmão, sobrinha, não importa, mas isso não vem ao caso), procriam e pronto... guardam!
O coisinha bem “esquizita“!! E o saco?? Credo!! Murcho, sempre mole, no verão fica ainda pior porque se afastam do corpo!!! Eca!!!
Depois os homens acham que as mulheres que gostam de transar no escuro é pra fazer charminho ou porque têm vergonha!! Fala sério?!!
Houve ainda quem inventou uma piada que dizia:
"Deus fez primeiro o homem pra depois a mulher porque toda obra prima precisa de um rascunho"
Não concordo que a mulher seja uma obra prima, mas que foi "feita" depois e com muito mais paciência, ahh isso não tem como negar!"
Pseudônimo: Pó de Pimenta!
sexta-feira, 9 de julho de 2010
banho
Lembro que quando era pequeno não gostava de tomar banho. Não gostava mesmo, e daí! Moro no sul do sul do mundo, e aqui faz um frio desgraçado. O chuveiro da época não regulava do jeito que eu queria, nem existia esses com regulagem. Ou era frio (desligado), ou era morno (que era frio), ou era quente (escaldante). Lembro do meu pai, em pé no vaso, trocando a posição do morno para o quente:
- Deu! - dizia eu, depois de me ensaboar.
- Deu! - dizia eu, para me enxaguar.
Pobre velho! E tem gente que acha que só as mães sofrem pelos filhos. Só que depois ficava bom e aí eu não queria sair mais. Por mim passaria o resto das noites frias do inverno gaúcho ali, embaixo das águas, ora quentes, ora mornas, que meu pai ajustava empoleirado no vaso. Lembro de uma época que colocávamos álcool numa latinha de sardinha para esquentar o ambiente. A pobreza é foda, e as vezes mata. Depois que alguns bateram as botas com essa tecnologia nada moderna, meu pai voltou a subir no vaso.
Sair do banho era pior ainda. Lembro que enquanto meu pai estava ali, se exercitando sobre o vaso sanitário, minha mãe deitada na cama, embaixo das cobertas aquecendo com o corpo minhas meias, camisetas e calças. Ok, me rendo: sou filho único. Acho que meus pais desistiram de ter outro filho com medo de passar as noites em volta do banheiro.
Sempre tive vergonha de admitir que não gostava de tomar banho no inverno. Era um sofrimento, mas eu tinha receio de ser motivo de chacotas. Então cresci e descobri que no frio do Rio Grande do Sul, franceses são ídolos.
Já na adolescência tenho lembranças remotas dos meus tempos de futebol de salão. Íamos jogar nos horários mais esdrúxulos:
- Que horas é o jogo? - perguntava.
- Das onze à meia noite! - gritava quem havia marcado a quadra.
Era um desperdício de tempo e de dinheiro. Nos quinze iniciais, as articulações não permitiam o acerto de passe, o domínio, um pulo. Doía os pés, os joelhos, as costas que estavam contraídas. O que dirá então de correr. Então o corpo aquece, e o choque térmico somado com o medo de levar uma bolada em qualquer parte do corpo, faz com que a próxima meia hora de jogo seja de muito sacrifício e cuidado por parte de nós jogadores. Os últimos quinze minutos são sofríveis, ninguém consegue respirar o ar gelado que entra no organismo quente. Dói respirar pelo nariz, incomoda respirar pela boca. Felizmente vamos pra casa. No caminho, alguém diz:
- Vou chegar em casa e me deitar assim mesmo.
- Bem capaz! - diz outro, mais consciente. - Eu vou chegar, jantar antes e só depois me deitar, porque tá frio pra caralho!
Ali eu vi que não era só eu que não gostava de banho no inverno. Envelheci, comecei a namorar, dormir na casa de amigas, morei com amigas. Então, definitivamente, vi que mulheres vão além de não lavar os cabelos diariamente, quando se trata de higiene pessoal. Mulheres também enforcam o banho. Resolvi aceitar o meu desprazer em tomar banho no inverno, conciliando com a necessidade higiênica, e sempre que posso, tomo banho a cada um dia e meio. Num dia a tarde, noutro tarde da noite, no outro eu enforco, mas quando acordo e a temperatura está próxima de 0°C, tomo banho pela manhã. O pior é pensar que ainda estamos em junho.
- Deu! - dizia eu, depois de me ensaboar.
- Deu! - dizia eu, para me enxaguar.
Pobre velho! E tem gente que acha que só as mães sofrem pelos filhos. Só que depois ficava bom e aí eu não queria sair mais. Por mim passaria o resto das noites frias do inverno gaúcho ali, embaixo das águas, ora quentes, ora mornas, que meu pai ajustava empoleirado no vaso. Lembro de uma época que colocávamos álcool numa latinha de sardinha para esquentar o ambiente. A pobreza é foda, e as vezes mata. Depois que alguns bateram as botas com essa tecnologia nada moderna, meu pai voltou a subir no vaso.
Sair do banho era pior ainda. Lembro que enquanto meu pai estava ali, se exercitando sobre o vaso sanitário, minha mãe deitada na cama, embaixo das cobertas aquecendo com o corpo minhas meias, camisetas e calças. Ok, me rendo: sou filho único. Acho que meus pais desistiram de ter outro filho com medo de passar as noites em volta do banheiro.
Sempre tive vergonha de admitir que não gostava de tomar banho no inverno. Era um sofrimento, mas eu tinha receio de ser motivo de chacotas. Então cresci e descobri que no frio do Rio Grande do Sul, franceses são ídolos.
Já na adolescência tenho lembranças remotas dos meus tempos de futebol de salão. Íamos jogar nos horários mais esdrúxulos:
- Que horas é o jogo? - perguntava.
- Das onze à meia noite! - gritava quem havia marcado a quadra.
Era um desperdício de tempo e de dinheiro. Nos quinze iniciais, as articulações não permitiam o acerto de passe, o domínio, um pulo. Doía os pés, os joelhos, as costas que estavam contraídas. O que dirá então de correr. Então o corpo aquece, e o choque térmico somado com o medo de levar uma bolada em qualquer parte do corpo, faz com que a próxima meia hora de jogo seja de muito sacrifício e cuidado por parte de nós jogadores. Os últimos quinze minutos são sofríveis, ninguém consegue respirar o ar gelado que entra no organismo quente. Dói respirar pelo nariz, incomoda respirar pela boca. Felizmente vamos pra casa. No caminho, alguém diz:
- Vou chegar em casa e me deitar assim mesmo.
- Bem capaz! - diz outro, mais consciente. - Eu vou chegar, jantar antes e só depois me deitar, porque tá frio pra caralho!
Ali eu vi que não era só eu que não gostava de banho no inverno. Envelheci, comecei a namorar, dormir na casa de amigas, morei com amigas. Então, definitivamente, vi que mulheres vão além de não lavar os cabelos diariamente, quando se trata de higiene pessoal. Mulheres também enforcam o banho. Resolvi aceitar o meu desprazer em tomar banho no inverno, conciliando com a necessidade higiênica, e sempre que posso, tomo banho a cada um dia e meio. Num dia a tarde, noutro tarde da noite, no outro eu enforco, mas quando acordo e a temperatura está próxima de 0°C, tomo banho pela manhã. O pior é pensar que ainda estamos em junho.
domingo, 4 de julho de 2010
a lei seca
Preciso desabafar: a lei seca é uma bosta! Pronto. Desabafei. E falo disso com conhecimento de causa. Não por ser um bêbado inverterado, como algumas pessoas pensam. Ocorre que trabalhei mais de quatro anos com trânsito. O trânsito, vou resumir, é formado por um tripé (sem malícia): Educação, Engenharia e Esforço Legal.
A fiscalização é chamada de esforço legal para ficar com "E" também, e abrange a legislação e a fiscalização. É sobre o esforço legal que me atenho, visto que a lei seca é uma resposta política a sociedade hipócrita através das regras formais.
Resumindo, a sociedade fica enchendo o saco com relação a questão do álcool e direção. E enchem o saco através da imprensa, que por sua vez compra a briga com unhas e dentes. Hipocrisia! Todos hipócritas! Cuspa para cima quem nunca bebeu e dirigiu! (Peraí que vou lá lavar o rosto...)
Retomando, afirmo que o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) é uma das leis mais completas e abrangentes que temos no nosso país. Teoricamente é quase perfeito. Ocorre que a outra parte do chamado Esforço Legal, a fiscalização é falha. Não sei se alguém já tentou conduzir um veículo tal qual determina o CTB. Sugiro que tentem, e lhes afirmo de antemão que é impossível causar um acidente. OK, a velocidade é baixa, a atenção é redobrada e direção defensiva é chata de colocar em prática. Mas, é uma das provas que o problema não é a Lei, e sim a execução dela. Não fomos educados para cumprir as leis de trânsito, daí a necessidade da fiscalização.
Voltando a bebida com álcool. Para amenizar a chatisse da sociedade politicamente correta, proibiram de vez o consumo de álcool para motoristas, e intitularam a Lei como seca, fazendo referência a sede de álcool que os motoristas passariam a partir de então. Lei homologada, sociedade em êxtase! Vamos colocar a fiscalização nas ruas, pensaram os governantes. E com a fiscalização quase que onipresente, os acidentes diminuíram, as mortes rarearam. Mas, peraí! Era necessário alterar leis para colocar a fiscalização na rua? Será que se tivéssemos fiscalização com a legislação anterior os acidentes não diminuiriam? Óbvio que sim. O segredo não é essa lei enganosa, mas sim a fiscalização.
Um ano depois, os gráficos apontam mortes avançando em alta velocidade (piada pertinente, mas totalmente sem graça). Explico o porquê: fiscalizar é caro. Caro financeiramente, pois exige equipamentos, blitzes, horas extras para funcionários. E mais caro ainda para a sociedade hipócrita, que berrava pela lei seca, mas quando é fiscalizada se ofende contra a fiscalização e brada contra os valores da multas que doem no bolso. Torço para que a fiscalização aconteça somente na saída das festas da sociedade que brindavam à Lei Seca.
A fiscalização é chamada de esforço legal para ficar com "E" também, e abrange a legislação e a fiscalização. É sobre o esforço legal que me atenho, visto que a lei seca é uma resposta política a sociedade hipócrita através das regras formais.
Resumindo, a sociedade fica enchendo o saco com relação a questão do álcool e direção. E enchem o saco através da imprensa, que por sua vez compra a briga com unhas e dentes. Hipocrisia! Todos hipócritas! Cuspa para cima quem nunca bebeu e dirigiu! (Peraí que vou lá lavar o rosto...)
Retomando, afirmo que o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) é uma das leis mais completas e abrangentes que temos no nosso país. Teoricamente é quase perfeito. Ocorre que a outra parte do chamado Esforço Legal, a fiscalização é falha. Não sei se alguém já tentou conduzir um veículo tal qual determina o CTB. Sugiro que tentem, e lhes afirmo de antemão que é impossível causar um acidente. OK, a velocidade é baixa, a atenção é redobrada e direção defensiva é chata de colocar em prática. Mas, é uma das provas que o problema não é a Lei, e sim a execução dela. Não fomos educados para cumprir as leis de trânsito, daí a necessidade da fiscalização.
Voltando a bebida com álcool. Para amenizar a chatisse da sociedade politicamente correta, proibiram de vez o consumo de álcool para motoristas, e intitularam a Lei como seca, fazendo referência a sede de álcool que os motoristas passariam a partir de então. Lei homologada, sociedade em êxtase! Vamos colocar a fiscalização nas ruas, pensaram os governantes. E com a fiscalização quase que onipresente, os acidentes diminuíram, as mortes rarearam. Mas, peraí! Era necessário alterar leis para colocar a fiscalização na rua? Será que se tivéssemos fiscalização com a legislação anterior os acidentes não diminuiriam? Óbvio que sim. O segredo não é essa lei enganosa, mas sim a fiscalização.
Um ano depois, os gráficos apontam mortes avançando em alta velocidade (piada pertinente, mas totalmente sem graça). Explico o porquê: fiscalizar é caro. Caro financeiramente, pois exige equipamentos, blitzes, horas extras para funcionários. E mais caro ainda para a sociedade hipócrita, que berrava pela lei seca, mas quando é fiscalizada se ofende contra a fiscalização e brada contra os valores da multas que doem no bolso. Torço para que a fiscalização aconteça somente na saída das festas da sociedade que brindavam à Lei Seca.
domingo, 27 de junho de 2010
a advogada da capital
Um reencontro, um jantar e uma escolha errada. O reencontro era com uma amiga que vinha a trabalho. O jantar era no próprio restaurante do hotel, um dos mais freqüentados da cidade do Roger. A escolha eu explico depois.
Desde que ficou sabendo que viria a cidade do Roger para trabalhar, a advogada da capital pensou que seria a oportunidade que tanto esperaram para quitar uma dívida pessoal: pagar um vinho ao velho amigo. A dúvida da moça era de como fariam para que o vinho fosse degustado no quarto do hotel. A vinda a trabalho impossibilitou a alteração do quarto de solteiro para um quarto de casal, assim como alterar o valor da fatura seria um risco profissional desnecessário à carreira da jovem advogada.
- Deixa pra mim. - disse ele - Já fiquei de furão em dois hotéis. É só esperar a troca de turno, e quando o elevador chegar no térreo, eu entro. Ninguém percebe.
- Mas, é muito arriscado. E se te verem subir? - questionou amedrontada.
Durante o jantar, Roger respondeu pessoalmente as três mensagens que havia recebido no celular, todas relacionadas ao insucesso da hospedagem gratuita do rapaz. Roger aparentava segurança, muita autoconfiança, uma certa arrogância até, ao afirmar que enganaria os recepcionistas da portaria do hotel.
- Imagina o tamanho desse hotel! Tá lotado, cheio de gente. Achas que eles vão saber se estou hospedado ou não? Claro que não. Já analisei a recepção, o movimento, já vi como os hóspedes entram. Nem todos pegam a chave na portaria.
O risco realmente era pequeno. O hotel tinha grande movimento, dois elevadores de acesso, um grande entra e sai de hóspedes. Ninguém precisa identificar-se na recepção. Mas, s argumentos dele não bastaram para acalmá-la:
- Mas tenho medo. Se der algum problema é a minha carreira que está em jogo. Imagina se a empresa fica sabendo, de alguma forma. Pensa no que vão falar.
Então ele desistiu, com medo de ser inconveniente. Não morava sozinho, restava um motel.
- Deve ter câmeras nos corredores. Eles vão te ver subir. Vão bater lá no quarto.
- ... - pausa para mais uma garfada dele.
- Imagina a manchete no jornal da cidade: advogada da capital é presa no interior por contravenção penal.
- ... - outra garfada e um sorriso amarelo.
- Não te preocupas, Roger, vais beber teu vinho. - disse ela com um sorriso nos lábios, antes de pedir a conta.
Ela subiu, pegou o vinho e o chocolate. Só então foram ao motel. Atravessaram a cidade, fugindo dos riscos. Antes de sair, ele ainda pensou nos valores. De fato, diante do medo dela em prejudicar a carreira, o motel era a melhor opção, apesar do frio gélido de 4°C que fazia no interior do Rio Grande do Sul.
Vou pular os detalhes sexuais. Apenas falo que o vinho era argentino, assim como o chocolate. E o vinho, mesmo sorvido em copos de vidro, foi um tempero para o sexo. Uma garrafa de vinho tinto no frio gaúcho equivaleu a um copo de suco de uva no verão do nordeste. Abandonaram o ar condicionado e foram, ela para o hotel e ele para sua casa. Antes de deixá-la no hotel, no caminho, a surpresa desagradável: uma blitz. O bafômetro não deixa mentir, assim como os dentes e língua roxa do vinho. Multa equivalente a 12 diárias no hotel. Mas, poderia ter sido pior, disse o agente de trânsito:
- Imagina se há um acidente, e alguém se machuca ou acontece outra coisa...
Realmente, se acontecesse outra coisa seria o fim da carreira da advogada da capital.
Desde que ficou sabendo que viria a cidade do Roger para trabalhar, a advogada da capital pensou que seria a oportunidade que tanto esperaram para quitar uma dívida pessoal: pagar um vinho ao velho amigo. A dúvida da moça era de como fariam para que o vinho fosse degustado no quarto do hotel. A vinda a trabalho impossibilitou a alteração do quarto de solteiro para um quarto de casal, assim como alterar o valor da fatura seria um risco profissional desnecessário à carreira da jovem advogada.
- Deixa pra mim. - disse ele - Já fiquei de furão em dois hotéis. É só esperar a troca de turno, e quando o elevador chegar no térreo, eu entro. Ninguém percebe.
- Mas, é muito arriscado. E se te verem subir? - questionou amedrontada.
Durante o jantar, Roger respondeu pessoalmente as três mensagens que havia recebido no celular, todas relacionadas ao insucesso da hospedagem gratuita do rapaz. Roger aparentava segurança, muita autoconfiança, uma certa arrogância até, ao afirmar que enganaria os recepcionistas da portaria do hotel.
- Imagina o tamanho desse hotel! Tá lotado, cheio de gente. Achas que eles vão saber se estou hospedado ou não? Claro que não. Já analisei a recepção, o movimento, já vi como os hóspedes entram. Nem todos pegam a chave na portaria.
O risco realmente era pequeno. O hotel tinha grande movimento, dois elevadores de acesso, um grande entra e sai de hóspedes. Ninguém precisa identificar-se na recepção. Mas, s argumentos dele não bastaram para acalmá-la:
- Mas tenho medo. Se der algum problema é a minha carreira que está em jogo. Imagina se a empresa fica sabendo, de alguma forma. Pensa no que vão falar.
Então ele desistiu, com medo de ser inconveniente. Não morava sozinho, restava um motel.
- Deve ter câmeras nos corredores. Eles vão te ver subir. Vão bater lá no quarto.
- ... - pausa para mais uma garfada dele.
- Imagina a manchete no jornal da cidade: advogada da capital é presa no interior por contravenção penal.
- ... - outra garfada e um sorriso amarelo.
- Não te preocupas, Roger, vais beber teu vinho. - disse ela com um sorriso nos lábios, antes de pedir a conta.
Ela subiu, pegou o vinho e o chocolate. Só então foram ao motel. Atravessaram a cidade, fugindo dos riscos. Antes de sair, ele ainda pensou nos valores. De fato, diante do medo dela em prejudicar a carreira, o motel era a melhor opção, apesar do frio gélido de 4°C que fazia no interior do Rio Grande do Sul.
Vou pular os detalhes sexuais. Apenas falo que o vinho era argentino, assim como o chocolate. E o vinho, mesmo sorvido em copos de vidro, foi um tempero para o sexo. Uma garrafa de vinho tinto no frio gaúcho equivaleu a um copo de suco de uva no verão do nordeste. Abandonaram o ar condicionado e foram, ela para o hotel e ele para sua casa. Antes de deixá-la no hotel, no caminho, a surpresa desagradável: uma blitz. O bafômetro não deixa mentir, assim como os dentes e língua roxa do vinho. Multa equivalente a 12 diárias no hotel. Mas, poderia ter sido pior, disse o agente de trânsito:
- Imagina se há um acidente, e alguém se machuca ou acontece outra coisa...
Realmente, se acontecesse outra coisa seria o fim da carreira da advogada da capital.
sábado, 26 de junho de 2010
mulheres que não gostam da Copa
- Amor, vamos ao supermercado? - diz ela saltitante.
- Agora?! Agora tem jogo, né! - responde ele que havia sentado no sofá para assistir o jogo da Eslovênia contra a Argélia.
- Que jogo?
- Ah, jogo da Copa...
- Que Copa?
- Como que Copa! Copa do Mundo! Futebol! Bola. Bola redonda, sabe?
- Hum. Ouvi falar.
- Ah, fala sério! Até entendo que tu não gostes de futebol, mas de Copa do Mundo as mulheres gostam.
- Eu não gosto. - disse dando de ombros.
- Como assim? Alienígena?
- Não sou obrigada a gostar de Copa. E tenho coisas mais importantes para me preocupar.
- Com o quê? Supermercado? Seu cabelo? Ah, sei, suas unhas.
- Não! Com economia, política, trabalho.
- Engraçado você se preocupar com isso somente agora, durante a Copa.
- Sempre me preocupo com coisas menos banais. Você que não me dá atenção.
- Faz o seguinte então: pega suas camisetas, suas calcinhas e suas meias do meu armário e vamos terminar esse namoro.
- Não acredito! Queres ter-mi-nar um namoro por causa de uma Copa!?
- Copa do Mundo de Futebol! - exclamou aumentando o volume da televisão.
- Grande merda! Achei que tu gostasses de mim. Mas, não! Na primeira oportunidade acaba o namoro. Por causa de futebol, da Copa.
- Como posso namorar uma alienígena? Alguém que não sabe o que está se passando no Mundo.
- Mas, futebol? - disse ela, que estava sentada no outro sofá de lado para a televisão, com as pernas juntas e uma mão sobre o colo e outra segurando as lágrimas.
- Copa do Mundo não é só futebol. É turismo, é geografia, é economia. Além disso é um evento social, que junta no mesmo estádio todas as raças, nacionalidades. Sem falar que o bilionário dono de um time de futebol na Inglaterra assiste aos jogos no seu iate, enquanto que o mendigo pede esmola em frente a uma padaria que tenha uma televisão para assistir ao mesmo jogo.
Agora ele sentiu-se orgulhoso. Tirou os olhos da televisão e observou que ela baixara a cabeça, engolira o choro e estava por admitir que ele tinha razão. Nunca havia olhado um jogo de futebol com aqueles olhos, mas a frase fora de efeito, e ele estava prestes a ganhar o debate.
- Ok, tu tens razão. Desculpa. Eu vou acompanhar a Copa. Copa de futebol, né?
- Copa do Mundo de futebol...
- Isso.Vou ser mais parceira. Vou te acompanhar mais, tá?
- Então vem pra cá! - disse ele abrindo os braços, como quem perdoa. - Assistimos essa partida e depois vamos no super, ok?
- Tá! - disse ela limpando a maquiagem.
- Não fica assim.
- Quem tá jogando?
- Eslovênia e Argélia.
- Quanto tá?
- Zero a zero. Esse jogo vai ser duro de se ver. Mais depois melhora.
- E a Itália, quando joga?
- Itália?! - surpreendeu-se o Brasileiro. Inclusive, ela descendia de alemães.
- É, a Itália.
- A Itália já foi eliminada na primeira fase.
- O quê! - esbravejou indignada.
- Foi...
- Então não quero ver a Copa de Futebol.
- Me diga o porquê?!
- O que interessa a Copa para uma mulher que não gosta de futebol sem os italianos?
- ...
- Onde estão minhas calcinhas, minhas camisetas e minhas meias mesmo?
- Agora?! Agora tem jogo, né! - responde ele que havia sentado no sofá para assistir o jogo da Eslovênia contra a Argélia.
- Que jogo?
- Ah, jogo da Copa...
- Que Copa?
- Como que Copa! Copa do Mundo! Futebol! Bola. Bola redonda, sabe?
- Hum. Ouvi falar.
- Ah, fala sério! Até entendo que tu não gostes de futebol, mas de Copa do Mundo as mulheres gostam.
- Eu não gosto. - disse dando de ombros.
- Como assim? Alienígena?
- Não sou obrigada a gostar de Copa. E tenho coisas mais importantes para me preocupar.
- Com o quê? Supermercado? Seu cabelo? Ah, sei, suas unhas.
- Não! Com economia, política, trabalho.
- Engraçado você se preocupar com isso somente agora, durante a Copa.
- Sempre me preocupo com coisas menos banais. Você que não me dá atenção.
- Faz o seguinte então: pega suas camisetas, suas calcinhas e suas meias do meu armário e vamos terminar esse namoro.
- Não acredito! Queres ter-mi-nar um namoro por causa de uma Copa!?
- Copa do Mundo de Futebol! - exclamou aumentando o volume da televisão.
- Grande merda! Achei que tu gostasses de mim. Mas, não! Na primeira oportunidade acaba o namoro. Por causa de futebol, da Copa.
- Como posso namorar uma alienígena? Alguém que não sabe o que está se passando no Mundo.
- Mas, futebol? - disse ela, que estava sentada no outro sofá de lado para a televisão, com as pernas juntas e uma mão sobre o colo e outra segurando as lágrimas.
- Copa do Mundo não é só futebol. É turismo, é geografia, é economia. Além disso é um evento social, que junta no mesmo estádio todas as raças, nacionalidades. Sem falar que o bilionário dono de um time de futebol na Inglaterra assiste aos jogos no seu iate, enquanto que o mendigo pede esmola em frente a uma padaria que tenha uma televisão para assistir ao mesmo jogo.
Agora ele sentiu-se orgulhoso. Tirou os olhos da televisão e observou que ela baixara a cabeça, engolira o choro e estava por admitir que ele tinha razão. Nunca havia olhado um jogo de futebol com aqueles olhos, mas a frase fora de efeito, e ele estava prestes a ganhar o debate.
- Ok, tu tens razão. Desculpa. Eu vou acompanhar a Copa. Copa de futebol, né?
- Copa do Mundo de futebol...
- Isso.Vou ser mais parceira. Vou te acompanhar mais, tá?
- Então vem pra cá! - disse ele abrindo os braços, como quem perdoa. - Assistimos essa partida e depois vamos no super, ok?
- Tá! - disse ela limpando a maquiagem.
- Não fica assim.
- Quem tá jogando?
- Eslovênia e Argélia.
- Quanto tá?
- Zero a zero. Esse jogo vai ser duro de se ver. Mais depois melhora.
- E a Itália, quando joga?
- Itália?! - surpreendeu-se o Brasileiro. Inclusive, ela descendia de alemães.
- É, a Itália.
- A Itália já foi eliminada na primeira fase.
- O quê! - esbravejou indignada.
- Foi...
- Então não quero ver a Copa de Futebol.
- Me diga o porquê?!
- O que interessa a Copa para uma mulher que não gosta de futebol sem os italianos?
- ...
- Onde estão minhas calcinhas, minhas camisetas e minhas meias mesmo?
quinta-feira, 17 de junho de 2010
mães
O Roger não tem mãe. Na verdade, até tem, mas como é um grande filho da puta, considera-se um órfão. Sem o leite materno, e sem o leito familiar, Roger foi criado pelo mundo. Lembrei-me de uma expressão, que nunca utilizei, mas já ouvi, e que pode representar a forma como ele foi criado: a deus dará.
Enfim, talvez por não ter tido essa convivência materna, sempre viu nas mulheres mais velhas mulheres carinhosas e amorosas. Assim, sempre freqüentou bares e lugares onde tivesse a chance de ser adotado. Veja bem, não me refiro a prostituição. Falo de carinho e afeto. Mulheres mais experientes costumam ser mais carinhosas, atenciosas. Preciso experimentar, inclusive.
Tenho uma teoria, que diverge de uma outra teoria, que li alguma vez, que fora escrita por aqueles pesquisadores que ganham para elaborar estatísticas que justificariam seu trabalho, caso elas fossem eficazes realmente. Observem: a estatística que li dizia, e demonstrava num gráfico também, que as mulheres atingem o seu auge sexual aos 32 anos. E os homens..., bem, dados sobre homens não importam muito nesse blog. No gráfico, a linha das mulheres cruzava com a dos homens aos 28 anos. Ou seja, nessa idade, homens e mulheres teriam a mesma capacidade sexual (sic). Porém, nessa fase, os homens já estavam em declínio. Isso até poderia explicar o fim de muitos casamentos. Mas, através de minha teoria, acho que apenas é uma forma de enganação mesmo. Ouvi de um técnico de futebol, que estatística é a arte de enganar os outros com números. Concordo, ainda mais nessa questão sexual, onde números são apenas algarismos que não definem nada.
No estudo, uma virgem de 30 anos teria dois anos para atingir sua capacidade suprema. Mas, penso eu, que uma mulher vivida, mãe desde cedo, sexualmente ativa, chega bem antes dos 30 ao seu auge sexual. Rá! Destruí a teoria dos estatísticos e pesquisadores. Lá vai a minha teoria bombástica: minha teoria diz que uma mulher só atinge a sua plena capacidade - maturidade - sexual depois de uma gravidez.
Melhor do que pesquisadores de laboratório, Roger, um rato de laboratório solto pelas ruas, pode comprovar que minha teoria pode, ou não, estar certa. Afinal, é apenas uma teoria.
Eu teorizo e ele afirma categoricamente que a mulher só atinge o seu auge sexual após uma gravidez. Antes de dar à luz, a mulher não conhece o seu corpo como um todo. A partir do parto, a mulher passa por um período de recuperação, onde amadurece de vez. Quando retorna a vida sexual, a mulher deixa para trás a menina. Assim, mães atingem o orgasmo mais facilmente, independente da idade cronológica. Além disso, o instinto materno faz com que cuidem de seus parceiros com mais afeição. Protetoras, colocam os parceiros para dormir, fazem cafuné e contam histórias de ninar. São mulheres, mas além de tudo, são mães. Mas, isso é apenas uma teoria minha, sem gráficos, comprovada pelo Roger, e - infelizmente - não ganhamos salários de pesquisadores. Logo, nossas estatísticas não servem para enganar os outros por aí.
Enfim, talvez por não ter tido essa convivência materna, sempre viu nas mulheres mais velhas mulheres carinhosas e amorosas. Assim, sempre freqüentou bares e lugares onde tivesse a chance de ser adotado. Veja bem, não me refiro a prostituição. Falo de carinho e afeto. Mulheres mais experientes costumam ser mais carinhosas, atenciosas. Preciso experimentar, inclusive.
Tenho uma teoria, que diverge de uma outra teoria, que li alguma vez, que fora escrita por aqueles pesquisadores que ganham para elaborar estatísticas que justificariam seu trabalho, caso elas fossem eficazes realmente. Observem: a estatística que li dizia, e demonstrava num gráfico também, que as mulheres atingem o seu auge sexual aos 32 anos. E os homens..., bem, dados sobre homens não importam muito nesse blog. No gráfico, a linha das mulheres cruzava com a dos homens aos 28 anos. Ou seja, nessa idade, homens e mulheres teriam a mesma capacidade sexual (sic). Porém, nessa fase, os homens já estavam em declínio. Isso até poderia explicar o fim de muitos casamentos. Mas, através de minha teoria, acho que apenas é uma forma de enganação mesmo. Ouvi de um técnico de futebol, que estatística é a arte de enganar os outros com números. Concordo, ainda mais nessa questão sexual, onde números são apenas algarismos que não definem nada.
No estudo, uma virgem de 30 anos teria dois anos para atingir sua capacidade suprema. Mas, penso eu, que uma mulher vivida, mãe desde cedo, sexualmente ativa, chega bem antes dos 30 ao seu auge sexual. Rá! Destruí a teoria dos estatísticos e pesquisadores. Lá vai a minha teoria bombástica: minha teoria diz que uma mulher só atinge a sua plena capacidade - maturidade - sexual depois de uma gravidez.
Melhor do que pesquisadores de laboratório, Roger, um rato de laboratório solto pelas ruas, pode comprovar que minha teoria pode, ou não, estar certa. Afinal, é apenas uma teoria.
Eu teorizo e ele afirma categoricamente que a mulher só atinge o seu auge sexual após uma gravidez. Antes de dar à luz, a mulher não conhece o seu corpo como um todo. A partir do parto, a mulher passa por um período de recuperação, onde amadurece de vez. Quando retorna a vida sexual, a mulher deixa para trás a menina. Assim, mães atingem o orgasmo mais facilmente, independente da idade cronológica. Além disso, o instinto materno faz com que cuidem de seus parceiros com mais afeição. Protetoras, colocam os parceiros para dormir, fazem cafuné e contam histórias de ninar. São mulheres, mas além de tudo, são mães. Mas, isso é apenas uma teoria minha, sem gráficos, comprovada pelo Roger, e - infelizmente - não ganhamos salários de pesquisadores. Logo, nossas estatísticas não servem para enganar os outros por aí.
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