Vou me arriscar por uma crônica. Uma crônica para tratar de um assunto que tem relação direta com o blog. Li esses dias, no site da globo.com, que a Fernanda do BBB 10 está com vontade de ficar com o Serginho. Ainda sobre o BBB, noutro site, vi que o lutador Dourado está com aprovação de mais de 50% e está muito perto de ganhar o prêmio do programa, estipulado em um milhão e meio de reais, enquanto que os demais dividem o restante da preferência. Ok, ok, crucifiquem-me! Assisto e gosto do BBB.
Bueno, para quem não assiste esse programa, uma das participantes, Fernanda, é uma dentista linda, inteligente, que depois que ficou sabendo estar SOLTEIRA tornou-se uma mulher incrivelmente sexy, inclusive despertando a inveja das outras mulheres confinadas. O Serginho é um... é uma bichona. Você olha para ele e não percebe um homem. Afeminado, parece que nem pau tem. Usa maquiagem, roupas justas e tem o corpo esquelético, sem bíceps, tríceps, sem ombros largos. Uma moça! Uma moçoila que adora falar de sexo, brincar com o sexo. Uma mulher que fica com o ele é quase que uma lésbica. E o Dourado faz o estilo BadBoy, gosta de malhar, mas é um cara articulado, inteligente. É feio, tem uma cara de cavalo, dentes tortos e um cabelo bizarro. E se afasta das reuniões quando o assunto é sexo!
Diante desse cenário, observo as mulheres. Dentro da casa, a carente e abandonada Fernanda, quase cedendo aos encantos (?) do gayzinho. Fora da casa, as mulheres do Brasil varonil encantadas com a masculinidade do gaúcho Dourado. Dois estilos de homens, que atraem as mulheres em situações distintas. De um lado a mulher carente, trancafiada numa casa por meses, traída pelos seus sentimentos, frustrada com seu antigo amor. De outro, as mulheres solteiras e casadas, que vêem no lutador um homem de pegada, chamando-o de "homem de verdade".
Entre eles, o Roger. Que não é um BBB, mas representa todos os outros homens comuns que temos por aí. Não luta, vai à academia para conseguir subir uma escada sem ter um infarto. Tenta jogar um futebolzinho e vez em quando. É contra a violência, não bate em ninguém, até mesmo por que talvez não conseguiria. Tem a sua pegada, mas ela não se revela através dos seus músculos. Tampouco é vaidoso, não usa maquiagem, não faz nenhum estilo, não pertence a nenhuma tribo, muito menos pertenceria aos EMOs. Não é veado, mas adora falar de sexo. Daí o Roger fica por aí, carente a abandonado, por essas mulheres que a cada dia querem uma coisa diferente. Entenderam, agora, o porquê dizemos que as mulheres são complicadas?
quinta-feira, 18 de março de 2010
sábado, 6 de março de 2010
a mulher alface
Esses dias o Roger foi num boteco para assistir futebol no pay-per-wiew. Para não parecer abusado, pediu uma cerveja, já que não queria ficar assistindo a transmissão paga de graça. E cerveja gelada e futebol combinam com aperitivo. Até aí, tudo bem. Resolveu provar uma das especiarias da casa. Croquete de peixe. Croquete é bom, peixe é bom, fritura é bom. Quanto ’bons’ num petisco! Pediu!
- Quantos croquetes vem nesse prato?
- Vinte. Vinte mini-croquetes.
- Serve meia porção? - pergunta receoso.
- Não. Não servimos. - respondeu a moça com duas negativas taxativas na frase.
Não entendo por que não servem meias porções de algumas coisas. Como se fossem indivisíveis os croquetinhos.
- Posso levar pra casa o que sobrar? - questiona o mão-fechada.
- Pode. Eu embrulho pro senhor.
Embrulho: palavra mais feia que já digitei. Embrulhar. Palavra estranha. Tanto quanto a decoração do prato. Sob os croquetes de peixe fritados num óleo reutilizado pela enésima vez, uma linda folha de alface. A partir desse momento, ele perdeu o foco no jogo. Passou a admirar a cozinheira que na tentativa de dar uma função a alface a coloca como enfeite. As folhas da alface são bonitas mesmo. Porém a alface é pior do que o chuchu. Não tem gosto de nada, misturado com coisa alguma. Simplesmente uma verdura sem função. Imagino numa feira a cara de desdém do brócolis posicionado ao lado do alface. Ou então a onipresença das rúculas, preparando-se para, junto com o tomate seco, fazerem a diferença nas pizzarias da cidade. Ao lado, o alface, cabisbaixo. Em pouco tempo, não servirá de alimento, e será jogado para onde veio, para servir de adubo, talvez para uma rúcula, ou um brócolis.
Uma vez o Roger ficou com uma menina. Novinha, corpo durinho. Gostosa mesmo. Uma bunda que eram duas. Uma nádega melhor do que a outra. Alto relevo. Perfeita de corpo. Dezessete anos! Isso mesmo, dezessete. No show em que estavam, trocaram olhares, uma, duas, três vezes. Então o Roger fez algo simples, mas funcional. Com o dedo indicador apontou pra menina. Ela riu. Com o mesmo dedo apontou para sim mesmo. Ela sorriu. Com a cabeça, acenou algo. Ela acenou alguma outra coisa, como se consentisse. Aproximou-se. E fez aquele ritual de protocolo. Pegou. Beijos e tal. Foram para outra festa. Mais beijos, algumas cervejas. Daí cometeu um crime. Por que se a situação era consensual e aceita pela sociedade com relação ao sexo, dar bebidas alcoólicas a menores é crime e ponto final. Roger fora um criminoso naquela noite.
A levou pra casa. Estava ansioso para chupá-la. De olhos bem abertos para ver aquela menina contorcendo-se de prazer. E depois, quando esperava pela reciprocidade que geralmente ocorre nessas horas, ela disse que não fazia sexo oral. Não chupava. Achava nojento.
- Não faço isso. Não gosto. Acho nojento.
A menina era bonita, sexy, apertadinha. Mas, além de não terem assunto, ela não fazia sexo oral nele, embora gostasse de receber. Essa menina, sem orientação sexual, lembrou-me a alface, posta sob os croquetes, recebendo aquele óleo quente, que a fez murchar. Não serve para mais nada, além de embelezar alguma coisa, por que salada de alface sem gosto e mulher que não faz sexo oral não se deve comer.
- Quantos croquetes vem nesse prato?
- Vinte. Vinte mini-croquetes.
- Serve meia porção? - pergunta receoso.
- Não. Não servimos. - respondeu a moça com duas negativas taxativas na frase.
Não entendo por que não servem meias porções de algumas coisas. Como se fossem indivisíveis os croquetinhos.
- Posso levar pra casa o que sobrar? - questiona o mão-fechada.
- Pode. Eu embrulho pro senhor.
Embrulho: palavra mais feia que já digitei. Embrulhar. Palavra estranha. Tanto quanto a decoração do prato. Sob os croquetes de peixe fritados num óleo reutilizado pela enésima vez, uma linda folha de alface. A partir desse momento, ele perdeu o foco no jogo. Passou a admirar a cozinheira que na tentativa de dar uma função a alface a coloca como enfeite. As folhas da alface são bonitas mesmo. Porém a alface é pior do que o chuchu. Não tem gosto de nada, misturado com coisa alguma. Simplesmente uma verdura sem função. Imagino numa feira a cara de desdém do brócolis posicionado ao lado do alface. Ou então a onipresença das rúculas, preparando-se para, junto com o tomate seco, fazerem a diferença nas pizzarias da cidade. Ao lado, o alface, cabisbaixo. Em pouco tempo, não servirá de alimento, e será jogado para onde veio, para servir de adubo, talvez para uma rúcula, ou um brócolis.
Uma vez o Roger ficou com uma menina. Novinha, corpo durinho. Gostosa mesmo. Uma bunda que eram duas. Uma nádega melhor do que a outra. Alto relevo. Perfeita de corpo. Dezessete anos! Isso mesmo, dezessete. No show em que estavam, trocaram olhares, uma, duas, três vezes. Então o Roger fez algo simples, mas funcional. Com o dedo indicador apontou pra menina. Ela riu. Com o mesmo dedo apontou para sim mesmo. Ela sorriu. Com a cabeça, acenou algo. Ela acenou alguma outra coisa, como se consentisse. Aproximou-se. E fez aquele ritual de protocolo. Pegou. Beijos e tal. Foram para outra festa. Mais beijos, algumas cervejas. Daí cometeu um crime. Por que se a situação era consensual e aceita pela sociedade com relação ao sexo, dar bebidas alcoólicas a menores é crime e ponto final. Roger fora um criminoso naquela noite.
A levou pra casa. Estava ansioso para chupá-la. De olhos bem abertos para ver aquela menina contorcendo-se de prazer. E depois, quando esperava pela reciprocidade que geralmente ocorre nessas horas, ela disse que não fazia sexo oral. Não chupava. Achava nojento.
- Não faço isso. Não gosto. Acho nojento.
A menina era bonita, sexy, apertadinha. Mas, além de não terem assunto, ela não fazia sexo oral nele, embora gostasse de receber. Essa menina, sem orientação sexual, lembrou-me a alface, posta sob os croquetes, recebendo aquele óleo quente, que a fez murchar. Não serve para mais nada, além de embelezar alguma coisa, por que salada de alface sem gosto e mulher que não faz sexo oral não se deve comer.
terça-feira, 2 de março de 2010
a mesária
Uma das primeiras “profissões” do Roger foi ser mesário, nas eleições. Fora convocado para trabalhar nas eleições presidenciais, justamente como, vejam só, presidente de mesa. Sentiu-se honrado, importante. Participou de reuniões antes da eleições, preencheu ata, instalou urna, fixou cartazes. Foi um digno representante da sociedade no processo democrático. Ganhou um vale alimentação e folga no seu emprego, para descansar durante a semana. Preço do vale alimentação: 10 pratas. Torceu pelo segundo turno.
Comandou mesários, secretários. Tudo isso aos dezoito anos. Estava orgulhoso. No primeiro turno, nervoso, fez a barba rala e foi até a sua seção. Colocou a melhor e única camisa que tinha. Não dormiu direito na noite anterior. Lera que poderia dar voz de prisão, caso alguém tivesse um comportamento inadequado no recinto.
- O senhor está preso! - sonhou. Acordou apavorado, rezando para que nada fora do contexto acontecesse.
Pela manhã, no café, releu as instruções. Foi cumprir sua tarefa. Chegou cedo. Esperou pela chegada dos mesários. Quem seriam eles? Tinha os nomes em mão, mas não fazia idéia de quem eram.
- Bom dia! - disse o mesário, único homem da lista, e primeiro a chegar.
Minutos depois, chega a secretária. Uma senhora, casada, com cabelos loiros amarelados, desses que até mesmo o Roger percebia não serem cabelos naturais. Dez minutos depois, chega a outra mesária. Uma mulher com cabelos crespos, casada, mãe de dois filhos. Já não tinha o corpo de uma menina, longe disso. As duas gravidezes foram implacáveis àquela morena de rosto bonito. Todos já se conheciam, já haviam trabalhado nas eleições municipais, dois anos antes. Roger era a única novidade, naquela equipe.
Eleição tranqüila. Seção mais tranqüila ainda. A mesária loira havia levado café, com um bolo feito nas formas redondas. O mesário, precavido, levou uma mateira. A mesária morena, levou chocolates. Roger não levara nada, talvez por que não tenha pensado nessas coisas, preocupado que estava com o andamento da votação. Aproveitaram o andamento da votação para conversar bastante.
Descobriu que a mesária morena, tinha dois filhos, que tinha 25 anos, que o relacionamento conjugal já não era como dantes. Carente, fazia críticas ao matrimônio. Tampouco fazia questão de esconder suas escapadelas. As conversas fluíram de forma impressionante, de forma a ruborizar a face do jovem rapaz. Na mesma hora, percebeu sua malícia, ao pedir carona, na hora do almoço.
- Tu tá de carro? - perguntou a mesária morena.
- Sim. - respondeu tímido.
- Me dá carona? Moro pelo caminho. - disse despudoradamente, com um sorriso safado no canto da boca.
Foram almoçar. Tinham menos de uma hora. Dentro do carro, ela ataca o rapaz.
- Nós não vamos pra casa direto, né?
A pergunta era a deixa para levá-la para uma estrada de chão, nas proximidades, onde tinha pouco movimento. Sem tempo para conversas, beijaram-se e despiram-se somente o necessário. Ele desabotoou a calça jeans, mais nada. Ela levantou o vestido cumprido que usava, baixou a calcinha, e mais nada.
As rapidinhas tem o seu valor. Ainda mais em uma situação como essa, onde a falta de tempo, somadas ao tesão da ocasião eram os fatores preponderantes. Ele não sabe bem precisar o tempo, mas crê em torno de 5 minutos, exageradamente falando. Depois, vestiram-se e foram almoçar.
A tarde, ela foi a última a sair da seção. Era uma mesária dedicada. Ela queria mais, queria marcar algo. Ele não queria rolos com mulheres comprometidas. E ainda tinha de levar o disquete até o Cartório Eleitoral. Mas, ambos queriam o segundo turno. E os candidatos ao governo do Estado proporcionaram um novo encontro e mais dez reais no bolso do jovem Roger.
No segundo turno, Roger já sentia-se um veterano em eleições. Até dormiu bem na noite anterior. O eleitor tinha de apertar dois botões, para colocar o número do candidato, e depois o verde. Pronto! Fácil. Não tinha como algo dar errado, e não deu. Seção vazia, pacata. Na hora do almoço, Roger ofereceu:
- Vai precisar de carona hoje, de novo? - perguntou faceiro, como um guri com uma bola nova embaixo do braço.
- Hoje não, meu marido vem me buscar.
Não seria daquela vez. A tarde passou de forma lenta, arrastada. Repensou sua participação na democracia brasileira. Pesou os dez contos que ganharia, enquanto que seus amigos jogavam bola na praça, perto da sua casa. Aquela negativa, por parte da mesária morena, soou como uma voz de prisão a um militante fazendo boca de urna. No final do dia, ela foi a última a sair. E deixou um bilhete, com o número de celular, com uma frase abaixo que dizia: “Me liga terça, depois das 6”.
Depois, voltou e perguntou:
- Tu gostas de leite condensado?
- Gosto.
Terça feira, seis hora da tarde, ele liga. Ela atende. Explica que o esposo saía pra trabalhar a tardinha, já que era vigia noturno e só voltava pra casa, no outro dia, pela manhã. Marcaram um encontro para quinta feira, já que na quarta ele folgaria. No dia combinado, na hora combinado ele a apanha, de carro.
- Oi.
- Oi. Passa naquele mercado, antes de irmos para o motel? - solicita ela.
- Claro.
Ela desce e volta com uma embalagem de leite condensado. Naquelas embalagens Tetra Pak.
- Vou te chupar como ninguém nunca te chupou antes. - diz ela, sabedora da pouca idade e experiência do guri.
De fato, ela tinha razão. Poucas vezes havia recebido sexo oral. Nunca havia recebido sexo oral com leite condensado. Ela espalhou a guloseima pelo corpo dele. Pelo peito, mamilos, barriga, umbigo. Espalhou também pelas pernas, coxas, virilha. Guardou uma dose generosa para o pau. Lambeu tudo. Tarada por sexo oral, tarada por leite condensado. Transaram o restante do tempo estipulado pelo motel. Na saída, Roger perguntou:
- Não vai levar o resto do leite condensado?
- Não. Deixa aí.
- Não. Eu vou levar.
Roger a deixou perto da sua casa. Viram-se somente mais uma vez, num evento. As crianças, o marido e ela. Pareceu um bom pai, o pobre marido traído. Cumprimentaram-se discretamente. Depois, nunca mais se encontraram.
No dia seguinte ao motel, a tarde, Roger fez pipoca, e, rindo sozinho, terminou de vez com o leite condensado e com aquela história. A história da mesária tarada por leite condensado.
Comandou mesários, secretários. Tudo isso aos dezoito anos. Estava orgulhoso. No primeiro turno, nervoso, fez a barba rala e foi até a sua seção. Colocou a melhor e única camisa que tinha. Não dormiu direito na noite anterior. Lera que poderia dar voz de prisão, caso alguém tivesse um comportamento inadequado no recinto.
- O senhor está preso! - sonhou. Acordou apavorado, rezando para que nada fora do contexto acontecesse.
Pela manhã, no café, releu as instruções. Foi cumprir sua tarefa. Chegou cedo. Esperou pela chegada dos mesários. Quem seriam eles? Tinha os nomes em mão, mas não fazia idéia de quem eram.
- Bom dia! - disse o mesário, único homem da lista, e primeiro a chegar.
Minutos depois, chega a secretária. Uma senhora, casada, com cabelos loiros amarelados, desses que até mesmo o Roger percebia não serem cabelos naturais. Dez minutos depois, chega a outra mesária. Uma mulher com cabelos crespos, casada, mãe de dois filhos. Já não tinha o corpo de uma menina, longe disso. As duas gravidezes foram implacáveis àquela morena de rosto bonito. Todos já se conheciam, já haviam trabalhado nas eleições municipais, dois anos antes. Roger era a única novidade, naquela equipe.
Eleição tranqüila. Seção mais tranqüila ainda. A mesária loira havia levado café, com um bolo feito nas formas redondas. O mesário, precavido, levou uma mateira. A mesária morena, levou chocolates. Roger não levara nada, talvez por que não tenha pensado nessas coisas, preocupado que estava com o andamento da votação. Aproveitaram o andamento da votação para conversar bastante.
Descobriu que a mesária morena, tinha dois filhos, que tinha 25 anos, que o relacionamento conjugal já não era como dantes. Carente, fazia críticas ao matrimônio. Tampouco fazia questão de esconder suas escapadelas. As conversas fluíram de forma impressionante, de forma a ruborizar a face do jovem rapaz. Na mesma hora, percebeu sua malícia, ao pedir carona, na hora do almoço.
- Tu tá de carro? - perguntou a mesária morena.
- Sim. - respondeu tímido.
- Me dá carona? Moro pelo caminho. - disse despudoradamente, com um sorriso safado no canto da boca.
Foram almoçar. Tinham menos de uma hora. Dentro do carro, ela ataca o rapaz.
- Nós não vamos pra casa direto, né?
A pergunta era a deixa para levá-la para uma estrada de chão, nas proximidades, onde tinha pouco movimento. Sem tempo para conversas, beijaram-se e despiram-se somente o necessário. Ele desabotoou a calça jeans, mais nada. Ela levantou o vestido cumprido que usava, baixou a calcinha, e mais nada.
As rapidinhas tem o seu valor. Ainda mais em uma situação como essa, onde a falta de tempo, somadas ao tesão da ocasião eram os fatores preponderantes. Ele não sabe bem precisar o tempo, mas crê em torno de 5 minutos, exageradamente falando. Depois, vestiram-se e foram almoçar.
A tarde, ela foi a última a sair da seção. Era uma mesária dedicada. Ela queria mais, queria marcar algo. Ele não queria rolos com mulheres comprometidas. E ainda tinha de levar o disquete até o Cartório Eleitoral. Mas, ambos queriam o segundo turno. E os candidatos ao governo do Estado proporcionaram um novo encontro e mais dez reais no bolso do jovem Roger.
No segundo turno, Roger já sentia-se um veterano em eleições. Até dormiu bem na noite anterior. O eleitor tinha de apertar dois botões, para colocar o número do candidato, e depois o verde. Pronto! Fácil. Não tinha como algo dar errado, e não deu. Seção vazia, pacata. Na hora do almoço, Roger ofereceu:
- Vai precisar de carona hoje, de novo? - perguntou faceiro, como um guri com uma bola nova embaixo do braço.
- Hoje não, meu marido vem me buscar.
Não seria daquela vez. A tarde passou de forma lenta, arrastada. Repensou sua participação na democracia brasileira. Pesou os dez contos que ganharia, enquanto que seus amigos jogavam bola na praça, perto da sua casa. Aquela negativa, por parte da mesária morena, soou como uma voz de prisão a um militante fazendo boca de urna. No final do dia, ela foi a última a sair. E deixou um bilhete, com o número de celular, com uma frase abaixo que dizia: “Me liga terça, depois das 6”.
Depois, voltou e perguntou:
- Tu gostas de leite condensado?
- Gosto.
Terça feira, seis hora da tarde, ele liga. Ela atende. Explica que o esposo saía pra trabalhar a tardinha, já que era vigia noturno e só voltava pra casa, no outro dia, pela manhã. Marcaram um encontro para quinta feira, já que na quarta ele folgaria. No dia combinado, na hora combinado ele a apanha, de carro.
- Oi.
- Oi. Passa naquele mercado, antes de irmos para o motel? - solicita ela.
- Claro.
Ela desce e volta com uma embalagem de leite condensado. Naquelas embalagens Tetra Pak.
- Vou te chupar como ninguém nunca te chupou antes. - diz ela, sabedora da pouca idade e experiência do guri.
De fato, ela tinha razão. Poucas vezes havia recebido sexo oral. Nunca havia recebido sexo oral com leite condensado. Ela espalhou a guloseima pelo corpo dele. Pelo peito, mamilos, barriga, umbigo. Espalhou também pelas pernas, coxas, virilha. Guardou uma dose generosa para o pau. Lambeu tudo. Tarada por sexo oral, tarada por leite condensado. Transaram o restante do tempo estipulado pelo motel. Na saída, Roger perguntou:
- Não vai levar o resto do leite condensado?
- Não. Deixa aí.
- Não. Eu vou levar.
Roger a deixou perto da sua casa. Viram-se somente mais uma vez, num evento. As crianças, o marido e ela. Pareceu um bom pai, o pobre marido traído. Cumprimentaram-se discretamente. Depois, nunca mais se encontraram.
No dia seguinte ao motel, a tarde, Roger fez pipoca, e, rindo sozinho, terminou de vez com o leite condensado e com aquela história. A história da mesária tarada por leite condensado.
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
ao natural
Se tem uma coisa que o Roger adora fazer, é acordar ao lado de uma mulher. Pela manhã, pode-se perceber uma mulher como ela realmente é. O hálito de cama, o rosto amassado, o despenteio de uma noite mal dormida. Poucas coisas são melhores do que isso. Nesse instante, ao acordar, as mulheres deixam de lado a vaidade que as consome, deixando transparecer as imperfeições que tanto encantam aos homens.
As mulheres nos enganam durante os dias e durante as noites. Com roupas capazes de iludir ilusionistas, com maquiagens que transformam defuntos em seres simpáticos e corados. Algumas usam maquiagem no peito! Pós nos braços! Usam truques desnecessários, visto que a visão masculina não é capaz de observar a olho nu tais imperfeições.
Antes de uma festa, ou evento, mulheres demoram muito. Experimentam roupas, combinações, olham-se diversas vezes no espelho, perdem tempo de todas as formas, entram e saem dos banheiros e quando nós achamos que elas estão prontas, elas voltam a frente do espelho com outro “produto” para retocar alguma parte do rosto, cuja importância para um homem é nula. Depois, quando você levanta da cadeira e prepara-se para sair, elas voltam a entrar no banheiro, para trocar a roupa, sendo que a peça que estavam utilizando a deixava linda. Algumas exageram a ponto de bonitas ficarem feias, tal quais uns travestis.
A questão central é que homem não liga para isso. Pouco se importa. Numericamente falando, 90% do que uma mulher faz é desnecessário. Mulher é 70% cabelo e 20% simpatia. Os outros 10% pode ser outra coisa qualquer, menos maquiagem. Talvez depilação, provavelmente cheiro.
Homem de verdade não fica observado unha ou sobrancelha de mulher. Não liga para maquiagem, tonalidade de batom. Tece alguns comentários, as vezes, quase que mecânicos, do tipo “bonitos brincos” ou “bonita roupa”, ou comentários um tanto quanto deselegantes, porém verdadeiros, do tipo “como tu tá gostosa!”.
O Roger até que gostava ser enganado, mas ainda sim, preferia descobrir, pela manhã, no dia seguinte, a mulher imperfeita que lhe dera prazer durante a noite anterior, com a luz apagada e sem nenhum adorno ou alegoria no corpo. Isso é importante numa mulher, isso é observado pelo homem. Até porque o prazer não usa maquiagem.
As mulheres nos enganam durante os dias e durante as noites. Com roupas capazes de iludir ilusionistas, com maquiagens que transformam defuntos em seres simpáticos e corados. Algumas usam maquiagem no peito! Pós nos braços! Usam truques desnecessários, visto que a visão masculina não é capaz de observar a olho nu tais imperfeições.
Antes de uma festa, ou evento, mulheres demoram muito. Experimentam roupas, combinações, olham-se diversas vezes no espelho, perdem tempo de todas as formas, entram e saem dos banheiros e quando nós achamos que elas estão prontas, elas voltam a frente do espelho com outro “produto” para retocar alguma parte do rosto, cuja importância para um homem é nula. Depois, quando você levanta da cadeira e prepara-se para sair, elas voltam a entrar no banheiro, para trocar a roupa, sendo que a peça que estavam utilizando a deixava linda. Algumas exageram a ponto de bonitas ficarem feias, tal quais uns travestis.
A questão central é que homem não liga para isso. Pouco se importa. Numericamente falando, 90% do que uma mulher faz é desnecessário. Mulher é 70% cabelo e 20% simpatia. Os outros 10% pode ser outra coisa qualquer, menos maquiagem. Talvez depilação, provavelmente cheiro.
Homem de verdade não fica observado unha ou sobrancelha de mulher. Não liga para maquiagem, tonalidade de batom. Tece alguns comentários, as vezes, quase que mecânicos, do tipo “bonitos brincos” ou “bonita roupa”, ou comentários um tanto quanto deselegantes, porém verdadeiros, do tipo “como tu tá gostosa!”.
O Roger até que gostava ser enganado, mas ainda sim, preferia descobrir, pela manhã, no dia seguinte, a mulher imperfeita que lhe dera prazer durante a noite anterior, com a luz apagada e sem nenhum adorno ou alegoria no corpo. Isso é importante numa mulher, isso é observado pelo homem. Até porque o prazer não usa maquiagem.
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
o pescocinho
As vezes temos a impressão que já vimos de tudo. Daí a vida nos surpreende e surge algo novo, que você não tinha imaginado. Então você pensa: - Cara! Que mundo louco esse!
Aprendi que no sexo não existe certo ou errado. Basta que os dois, ou os três, ou os quatro... enfim, basta que todos queiram, e está tudo certo.
O Roger diz que há muitos anos atrás, ouvia atentamente seus amigos contarem suas aventuras sexuais. Lembra da história de um deles, que saiu com uma menina que gostava um pouco de sadomasoquismo, digamos assim. Ele contou que ela pediu para levar uns tapas. Para o menino Roger, tapas na bunda, de leve, já seriam uma grande surpresa. Imaginem a surpresa do guri ao saber que os tapas eram no rosto. Na cara mesmo! Ele nem sabia que as mulheres gostavam de uns tapinhas, e descobre que algumas gostavam de apanhar de verdade. O vizinho dizia que batia no rosto dela, de mão aberta, e ela pedia mais. Ele batia e ela pedia mais. E para risadas de todos, disse ter de se conter para não enchê-la de socos.
Após muitos anos, Roger tem a sua oportunidade de tapear um rosto meigo de uma fêmea. Contra a violência, a favor do desarmamento até, teve de realizar os desejos da dama. Já havia percebido que ela gostava de dor. Quanto mais forte, e mais fundo, e mais dor, ela sentia mais prazer. Até que, com ele por cima dela, num romântico papai-mamãe, ela, carinhosamente, com sua mão direita pega a mão esquerda dele, e com sua mão esquerda segura a mão direita do rapaz e leva em direção ao seu rosto delicado...
Pausa esclarecedora:
Era uma boa moça, de família. Trabalhadora, funcionária pública, como tantas as outras que trabalham por aí. Bonita também. Sexy como poucas. Digo isso porque algumas pessoas devem pensar tratar-se de uma qualquer, sem escrúpulos, sem nada a perder ou qualquer outro adjetivo que venha a denegrir a imagem da moça. Ledo engano, caros leitores. (Leitores?!?! Alguém lê essa merda?)
Continuando...
... as mãos unidas em direção a face da amada, quando, de repente, uma pausa no trajeto faz com ambas mãos de ambos parassem no pescoço da donzela:
- Aperta? - pergunta docemente ela.
- Forte? - questiona um pouco surpreso.
- Forte! - faz questão. - Bem forte!
Ele disse que a sensação de enforcar uma mulher não lhe trouxe nenhum prazer, embora percebera que ela ficava cada vez mais excitada com o sufoca mento e um pouco avermelhada, eu imagino. Na verdade, trouxe-lhe lembranças. A do amigo contador de histórias na adolescência e a da morte do ator David Carradine (o Bill, do filme Kill Bill 1 e 2), que morrera dias antes, enforcado enquanto se masturbava num quarto de hotel. Ainda assim, pensando nessas coisas, conseguiu manter a ereção durante o estrangulamento da menina.
Óbvio que rolou tapa na cara. Ele batia com a palma da mão direita na face esquerda dela. Fazia barulho. A interjeição mais parecida era paft! Mas, não gosto de interjeições, pois pouco sei usá-las. Depois batia com as costas da mão, na outra face. A assim o fez sempre que ela pedia mais.
- Bate mais forte! Bate como um homem de verdade!
Daí lembrou do amigo novamente, e da vontade indescritível de socá-la com toda sua força. Como se fosse um lutador de luta livre. Só ficou com dúvida que socava o nariz redondinho ou os dentes bem delineados. Mas, deu mais uns tapas e a calou com um beijo na boca. Isso porque sempre agiu assim pra ser um homem de verdade.
Aprendi que no sexo não existe certo ou errado. Basta que os dois, ou os três, ou os quatro... enfim, basta que todos queiram, e está tudo certo.
O Roger diz que há muitos anos atrás, ouvia atentamente seus amigos contarem suas aventuras sexuais. Lembra da história de um deles, que saiu com uma menina que gostava um pouco de sadomasoquismo, digamos assim. Ele contou que ela pediu para levar uns tapas. Para o menino Roger, tapas na bunda, de leve, já seriam uma grande surpresa. Imaginem a surpresa do guri ao saber que os tapas eram no rosto. Na cara mesmo! Ele nem sabia que as mulheres gostavam de uns tapinhas, e descobre que algumas gostavam de apanhar de verdade. O vizinho dizia que batia no rosto dela, de mão aberta, e ela pedia mais. Ele batia e ela pedia mais. E para risadas de todos, disse ter de se conter para não enchê-la de socos.
Após muitos anos, Roger tem a sua oportunidade de tapear um rosto meigo de uma fêmea. Contra a violência, a favor do desarmamento até, teve de realizar os desejos da dama. Já havia percebido que ela gostava de dor. Quanto mais forte, e mais fundo, e mais dor, ela sentia mais prazer. Até que, com ele por cima dela, num romântico papai-mamãe, ela, carinhosamente, com sua mão direita pega a mão esquerda dele, e com sua mão esquerda segura a mão direita do rapaz e leva em direção ao seu rosto delicado...
Pausa esclarecedora:
Era uma boa moça, de família. Trabalhadora, funcionária pública, como tantas as outras que trabalham por aí. Bonita também. Sexy como poucas. Digo isso porque algumas pessoas devem pensar tratar-se de uma qualquer, sem escrúpulos, sem nada a perder ou qualquer outro adjetivo que venha a denegrir a imagem da moça. Ledo engano, caros leitores. (Leitores?!?! Alguém lê essa merda?)
Continuando...
... as mãos unidas em direção a face da amada, quando, de repente, uma pausa no trajeto faz com ambas mãos de ambos parassem no pescoço da donzela:
- Aperta? - pergunta docemente ela.
- Forte? - questiona um pouco surpreso.
- Forte! - faz questão. - Bem forte!
Ele disse que a sensação de enforcar uma mulher não lhe trouxe nenhum prazer, embora percebera que ela ficava cada vez mais excitada com o sufoca mento e um pouco avermelhada, eu imagino. Na verdade, trouxe-lhe lembranças. A do amigo contador de histórias na adolescência e a da morte do ator David Carradine (o Bill, do filme Kill Bill 1 e 2), que morrera dias antes, enforcado enquanto se masturbava num quarto de hotel. Ainda assim, pensando nessas coisas, conseguiu manter a ereção durante o estrangulamento da menina.
Óbvio que rolou tapa na cara. Ele batia com a palma da mão direita na face esquerda dela. Fazia barulho. A interjeição mais parecida era paft! Mas, não gosto de interjeições, pois pouco sei usá-las. Depois batia com as costas da mão, na outra face. A assim o fez sempre que ela pedia mais.
- Bate mais forte! Bate como um homem de verdade!
Daí lembrou do amigo novamente, e da vontade indescritível de socá-la com toda sua força. Como se fosse um lutador de luta livre. Só ficou com dúvida que socava o nariz redondinho ou os dentes bem delineados. Mas, deu mais uns tapas e a calou com um beijo na boca. Isso porque sempre agiu assim pra ser um homem de verdade.
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
um breve olhar sobre a praia
O que leva uma mulher a ficar horas jogada no chão sob um sol escaldante por horas? De olhos fechados. Sem fones nos ouvidos. Sem ver nada. Sem ler nada. Simplesmente lagarteando. E mulheres são seres estranhos. Imaginamos que elas passassem um dia inteiro no sol. Tal qual os girassóis, elas iriam giram 360°. Mulheres giram para acompanhar o sol. Homens começariam e terminariam o dia sentados, sob um guarda sol, olhando o oceano. Ou as lindas mulheres que caminham na beira da água.
Nós leríamos a Zero Hora pela manhã. Escutaríamos uma boa música próximo ao meio dia num MP3, 4, 5 ou, sabe-se lá, um MP9. Alguns praticariam esportes. Outros tomariam cervejas ou caipirinhas. Os mais talentosos formariam uma roda de pagode. Os mais precavidos, fariam um churrasco. Agora, nenhum de nós, deitaríamos de costas pro mar, com os olhos fechados e com os ante braços virados pro astro rei. É ridículo um homem com ante braço bronzeado.
Não entro no mérito da sunga ou do bermudão. Analiso que homens não podem ter o ante braço na mesma cor dos ombros. Vista sunga branca ou bermudão colorido.
Dando de braços para a coesão e coerência, volto a falar sobre as mulheres cor de cuia estiradas sobre esteiras nas areias. Falo disso de forma incisiva por que estamos no verão, estou na praia e me preocupo com a discrepância entre o que um homem acha bonito numa mulher e o que uma mulher acha que nós homens achamos bonitos nelas. Uma marquinha de biquíni é legal. Mas, cuidado! Mulheres com duas cores totalmente distintas é algo completamente diferente. Mulheres exageram.
Causa-me estranheza também a capacidade de permanecer imóvel por tanto tempo. Como se fossem estátuas, lambuzadas por cremes e bronzeadores brilhosos. Acredito que durmam. Mas, como pode dormir no verão sem ventilador?
Já vi uma mulher lendo na praia. Era um livro. Legal, gosto do estilo intelectual e tal. Mas, ela não me parecia preocupada com a pré temporada do seu time, ou com o desempenho físico da equipe que sempre decaía no segundo tempo. Estava alheia a isso, lendo um livro qualquer, desses escritores que não escrevem em blog, e falam sobre coisas que eu não entendo, como Paulo Coelho. Sequer folheiam a Zero Hora para discordar do Wianey Carlet. Acho que mulheres não compram jornais. Preferem revistas. É uma impressão que tenho.
Lembro que uma vez fui com o Roger a praia. Sentamos na areia depois de voltar da água. Com uma simplicidade ímpar, falou uma verdade inconteste:
- Tchê, é uma viagem esse negócio de tomar banho de mar, né? A onda vem e a gente pula. A outra vem e nós mergulhamos. Ajeitamos o cabelo e viramos de costa pra terceira onda. Depois, na outra, pegamos um jacarezinho, voltamos pra beira. Daí, vamos em direção ao fundo do mar e começamos a fazer tudo de novo. E passamos horas assim. Que viagem!
Esses dias fui a praia. Fiquei a sombra, é claro, longe da água. Fiquei pensando como é bom ficar em casa, sentado na frente da TV, com um ventilador no máximo. Acho que prefiro o barulho do ar soprado pelo ventilador que gira de um lado pro outro do que o som das ondas do mar que vem e depois vão.
Me perdi na coesão! O que importa é a coerência.
Nós leríamos a Zero Hora pela manhã. Escutaríamos uma boa música próximo ao meio dia num MP3, 4, 5 ou, sabe-se lá, um MP9. Alguns praticariam esportes. Outros tomariam cervejas ou caipirinhas. Os mais talentosos formariam uma roda de pagode. Os mais precavidos, fariam um churrasco. Agora, nenhum de nós, deitaríamos de costas pro mar, com os olhos fechados e com os ante braços virados pro astro rei. É ridículo um homem com ante braço bronzeado.
Não entro no mérito da sunga ou do bermudão. Analiso que homens não podem ter o ante braço na mesma cor dos ombros. Vista sunga branca ou bermudão colorido.
Dando de braços para a coesão e coerência, volto a falar sobre as mulheres cor de cuia estiradas sobre esteiras nas areias. Falo disso de forma incisiva por que estamos no verão, estou na praia e me preocupo com a discrepância entre o que um homem acha bonito numa mulher e o que uma mulher acha que nós homens achamos bonitos nelas. Uma marquinha de biquíni é legal. Mas, cuidado! Mulheres com duas cores totalmente distintas é algo completamente diferente. Mulheres exageram.
Causa-me estranheza também a capacidade de permanecer imóvel por tanto tempo. Como se fossem estátuas, lambuzadas por cremes e bronzeadores brilhosos. Acredito que durmam. Mas, como pode dormir no verão sem ventilador?
Já vi uma mulher lendo na praia. Era um livro. Legal, gosto do estilo intelectual e tal. Mas, ela não me parecia preocupada com a pré temporada do seu time, ou com o desempenho físico da equipe que sempre decaía no segundo tempo. Estava alheia a isso, lendo um livro qualquer, desses escritores que não escrevem em blog, e falam sobre coisas que eu não entendo, como Paulo Coelho. Sequer folheiam a Zero Hora para discordar do Wianey Carlet. Acho que mulheres não compram jornais. Preferem revistas. É uma impressão que tenho.
Lembro que uma vez fui com o Roger a praia. Sentamos na areia depois de voltar da água. Com uma simplicidade ímpar, falou uma verdade inconteste:
- Tchê, é uma viagem esse negócio de tomar banho de mar, né? A onda vem e a gente pula. A outra vem e nós mergulhamos. Ajeitamos o cabelo e viramos de costa pra terceira onda. Depois, na outra, pegamos um jacarezinho, voltamos pra beira. Daí, vamos em direção ao fundo do mar e começamos a fazer tudo de novo. E passamos horas assim. Que viagem!
Esses dias fui a praia. Fiquei a sombra, é claro, longe da água. Fiquei pensando como é bom ficar em casa, sentado na frente da TV, com um ventilador no máximo. Acho que prefiro o barulho do ar soprado pelo ventilador que gira de um lado pro outro do que o som das ondas do mar que vem e depois vão.
Me perdi na coesão! O que importa é a coerência.
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
toalha de rosto
Homem é tudo igual mesmo. Desconfie das exceções. A vaidade, por exemplo, tem um certo limite. Homem que faz sobrancelha, desconfie, por que essa madeira leva prego. Preocupação excessiva com roupas é exagero de vaidade, logo, desconfie. Homem fiel, até existe, mas esteja atento as oportunidades que ele teve. Homem que não gosta de futebol, e prefere ginástica ou nado sincronizado: cuidado ao quadrado. Homem que não bebe bebida alcoólica é complicado, mas, estejam atentas aos que só tomam destilados de puta, tipo Martini, Ice ou Keep Koller. Homem que não sonha em ter o pay-per-view, cuidado de novo! Homem que acha filme pornográfico sem graça; grandes chances de morder a fronha. Faz parte de nós homens isso, está intrínseco. Até o príncipe encantado gosta de pay-per-view!
Quando a mulher casa, ou namora, ela adquire um pacote completo. Um combo de possibilidades que nem sempre se parecem com o tal príncipe encantado montado no cavalo branco. O homem quando morre, digo, quando casa, também adquire um pacote. A sogra, a TPM, a cunhada linda que nunca (ou quase nunca) irá pegar, uma série de restrições impostas aos homens teoricamente fiéis. Vou explicar: você tinha internet banda larga e agora tem internet discada. Você tem TV a cabo, e agora instalou uma anteninha portátil que pega dois canais abertos com chiado. Você vai na churrascaria e leva um sanduíche de ricota. Você vai ao Rio de Janeiro e deixa de ir ao Maracanã. Você anda de avião é só há comissários de bordo. Sua vida perde um pouco do colorido. Esse é o nosso pacote.
Agora, tudo tem um certo limite. Até mesmo o Roger por vezes passa do limite. Dias atrás, conversando animadamente sobre sexo, contávamos que todo homem, vou frisar em negrito e maiúsculas TODO HOMEM, limpa o pau na pia e seca com a toalha de rosto depois de uma foda. Não adianta ficar com nojinho não. Você, em algum dia da sua vida, já secou o rosto numa toalha que já secara antes um pau sujo de sexo lavado na pia. Se você cursou faculdade então, suas chances aumentam muito. Pois o Roger passou do limite. Contou que uma saiu do quarto da menina, na casa dela, pelado, com tudo balançando e foi em direção ao banheiro. Chegando lá percebe que o banheiro está ocupado pelo irmão dela, que morava com ela. Não pensou duas vezes e foi em direção a cozinha, pois também havia uma pia lá. Lavou. Lavou, mas precisava secar. No escuro, tateou um pano de prato. Bem, nem todo homem usa uma toalha de rosto, afinal nem sempre temos uma por perto.
Quando a mulher casa, ou namora, ela adquire um pacote completo. Um combo de possibilidades que nem sempre se parecem com o tal príncipe encantado montado no cavalo branco. O homem quando morre, digo, quando casa, também adquire um pacote. A sogra, a TPM, a cunhada linda que nunca (ou quase nunca) irá pegar, uma série de restrições impostas aos homens teoricamente fiéis. Vou explicar: você tinha internet banda larga e agora tem internet discada. Você tem TV a cabo, e agora instalou uma anteninha portátil que pega dois canais abertos com chiado. Você vai na churrascaria e leva um sanduíche de ricota. Você vai ao Rio de Janeiro e deixa de ir ao Maracanã. Você anda de avião é só há comissários de bordo. Sua vida perde um pouco do colorido. Esse é o nosso pacote.
Agora, tudo tem um certo limite. Até mesmo o Roger por vezes passa do limite. Dias atrás, conversando animadamente sobre sexo, contávamos que todo homem, vou frisar em negrito e maiúsculas TODO HOMEM, limpa o pau na pia e seca com a toalha de rosto depois de uma foda. Não adianta ficar com nojinho não. Você, em algum dia da sua vida, já secou o rosto numa toalha que já secara antes um pau sujo de sexo lavado na pia. Se você cursou faculdade então, suas chances aumentam muito. Pois o Roger passou do limite. Contou que uma saiu do quarto da menina, na casa dela, pelado, com tudo balançando e foi em direção ao banheiro. Chegando lá percebe que o banheiro está ocupado pelo irmão dela, que morava com ela. Não pensou duas vezes e foi em direção a cozinha, pois também havia uma pia lá. Lavou. Lavou, mas precisava secar. No escuro, tateou um pano de prato. Bem, nem todo homem usa uma toalha de rosto, afinal nem sempre temos uma por perto.
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